Pode procurar que você não vai achar. Não importa aonde vá,
estou absolutamente convencido de que há duas coisas que você nunca vai achar.
Você pode correr o mundo e o tempo, e tenho certeza que jamais conseguirá achar
alguém que não se envergonhe de algo em seu passado. Para qualquer lugar que
você vá, lá estarão elas, as pessoas que gostariam de apagar um momento, uma
fase, um ato, uma palavra, um mínimo pensamento. Todo mundo tenta disfarçar, e
certamente há aqueles que conseguem viver longos períodos sem o tormento da
lembrança. Mas mesmos estes, quando menos esperam são assombrados pela memória
de um ato de covardia, um gesto de pura maldade, um desejo mórbido, um abuso
calculado, enfim, algo que jamais deveriam ter feito, e que na verdade,
gostariam de banir de suas histórias ou, pelo menos, de suas recordações.
Isso é uma péssima notícia para a humanidade, mas uma ótima notícia para você: você não está sozinho, você não está sozinha. Inclusive aquelas pessoas que olham em sua direção com aquela empáfia moral e sugerem cinicamente que você é um ser humano de segunda ou terceira categoria, carregam uma página borrada em sua biografia, grampeada pela sua arrogância e selada pelo medo do escândalo, da rejeição e da condenação no tribunal onde a justiça jamais é vencida.
A segunda coisa é que aquilo que você fez ou deixou de fazer está presente em milhares e milhares de sagas pessoais. Não existe algo que você tenha feito ou deixado de fazer que faça de você uma pessoa singular no banco dos réus – ao seu lado estão incontáveis réus respondendo pelo mesmíssimo crime. Talvez você diga “é verdade, todos tem do que se envergonhar, mas o que eu fiz não se compara, ao que qualquer outra pessoa possa ter feito”. Engano seu. O que você fez ou deixou de fazer não apenas se compara, como também é replicado com absoluta exatidão na experiência de milhares e milhares de outras pessoas. Isso significa que você jamais está sozinho, jamais está sozinha, na fila da confissão.
Talvez por estas razões, a Bíblia Sagrada diz que devemos confessar nossas culpas uns aos outros: nós humanos não nos irmanamos nas virtudes, mas na vergonha. Este é o caminho de saída do labirinto da culpa e da condenação: quando todos sussurrarmos uns aos outros “eu não te condeno”, ouviremos a sentença do Justo Juiz: “ninguém te condenou ? Eu também não te condeno”.
Soli Deo gloria
Pastor Flavio Constantino
Verdade.
ResponderExcluirPaz do Senhor.
Um grande abraço meu irmão e obrigado pelo feedback.
ExcluirPaz do Senhor.
Muito bom.
ResponderExcluirUm grande abraço meu amigão e obrigado pelo feedback.
ExcluirNice post thank you Kristen
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