O pastor Umar Mulinde, da Igreja Evangelho de Vida, em Kampala, Uganda, foi atacado como forma de protesto à sua conversão do islamismo para o cristianismo. O pai de Mulinde era um Imã, líder muçulmano, e sua família sempre foi rigorosa. O pastor foi um xeque antes de abraçar o cristianismo, uma decisão que gerou polêmica em sua comunidade.
O ataque ocorreu por volta das 9h da manhã na véspera do Natal. Um homem entrou na igreja e jogou ácido sobre ele. O pastor foi rapidamente levado para o Hospital Internacional Kampala por membros da igreja. A condição do pastor agora é estável.
Com a esposa do seu lado, ele concedeu uma entrevista onde conta os detalhes:
“Eu fui atacado por um homem que dizia ser cristão. Ele me chamou, gritando: “pastor, pastor! Quando me virei para ver quem era, ele derramou ácido no meu rosto”, disse Mulinde. “Quando me virei para fugir, outro homem derramou mais ácido nas minhas costas e saiu correndo e gritando Allah Akbar [Deus é grande]”.
O pastor revela que tinha recebido ameaças há algum tempo, mas não as levou a sério. Como resultado do ácido, ele perdeu o olho direito e teve seu rosto seriamente desfigurado.
Os líderes da Convenção Nacional de Igrejas Pentecostais de Uganda, pediu que o governo identifique os responsáveis pelo ataque e faça justiça. Os pastores já disseram que estão dispostos a contratar a Scotland Yard para rastrear os criminosos.
O bispo David Kiganda, classificou o incidente como “um ato de terrorismo”, e disse que mais pessoas podem estar correndo perigo se o governo não agir rapidamente para prevenir ataques futuros. Ele também explicou que uma grande vigília de oração está marcada para 31 de dezembro em Nakivubo, onde os fiéis vão orar principalmente pelo pastor Milinde e pelo fim dos atos terroristas em Uganda.
Kiganda disse ainda: “Nós temos liberdade de culto em Uganda, e não há sentido em condenar alguém que decide trocar de religião. Não acredito que podemos matar nosso próprio povo. Deus não é tão fraco que precise de alguém para matar em seu nome. Se Deus estava insatisfeito com os atos Mulinde, faria alguma coisa, não precisaria de outra pessoa”.
O bispo deixou claro, no entanto, que esses ataques não vão desencadear pânico entre a comunidade cristã. Ele classifica as perseguições como naturais. “Jesus também foi perseguido e aterrorizado. Não devemos temer a perseguição. Até mesmo o apóstolo Paulo foi tratado assim, embora não saibamos quem entre nosso rebanho continuará seguindo Jesus”, explicou.
Traduzido e adaptado por Gospel Prime de Christian Post