Há mais de 500 ano, um
filósofo grego de grande saber, considerado oráculo dos deuses, já afirmava que
algumas situações por que passamos jamais serão compreendidas racionalmente. No
fundo, o velho filosofo tinha razão. De fato, nada dói tanto que a dor
incompreendida. Primeiro dói porque é dor.
E segundo dói pelo fato de não se saber por que está doendo.
Toda esta inquietação
existencial é em face de uma máxima que se constitui premissa fundamental da
religião cristã: “Se Deus está conosco, mal nenhum pode nos ocorrer”.
Partindo deste bordão
cristão, o questionamento de Gideão feito ao anjo é justo: “Se o Eterno está
com o nosso povo, porque está acontecendo tudo isto com a gente? Levando-se em
conta que o juiz de Israel entende – como todos nós – o fato de que a presença
de Deus é sempre em razão de vitória – questão fechada e incontestável para
muitos cristãos – o que fazer para entender os fatos contrários?
A partir do
questionamento do juiz de Israel, entendo que, com urgência, precisamos reler e
reescrever o conceito de sorte e azar na história humana. Isto porque este
conceito é absolutamente relativo. Já que a sorte de hoje pode se tornar no
azar de amanhã e vice-versa. Mais, não há quem viva só de azar nem tampouco de
sorte, esses elementos circunstanciais por vezes se alternam na vida,
revelando-se que não há determinismo em nenhum desses elementos.
Portanto, ter sorte não é
privilégio para ninguém, porque a sorte pode se tornar em azar e o azar pode se
tornar em sorte.
Bom mesmo é ter Deus em
nossa vida que, mesmo a despeito da sorte e do azar passarem pela nossa vida,
Ele não muda.
Soli Deo Gloria
Pastor Flavio Constantino
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