quarta-feira, 19 de maio de 2010

Os "Filhos do Reino" - Quem são eles hoje? ( parte II )


QUEM SÃO ELES?

Quer aceitemos ou não, nós, membros da Igreja de Jesus Cristo, somos hoje os “filhos do reino”. Esta descoberta nos leva a uma intima reflexão: se somos os “filhos do reino”, hoje, isto quer dizer que viver a vida cristã é ficar sob certa tensão, perguntando a Deus, todo o tempo, se estamos dentro ou fora do Reino.

Esta arrasadora verdade deve levar a todos nós – santos e cristãos normais – a uma profunda reflexão, de vez que podemos pensar que estamos “dentro” e estarmos “fora” do Reino. Aliás, a maior tragédia da vida cristã é o fato de pensar que se está dentro do Reino, quando se está fora.

O incidente ocorrido com Nicodemos ilustra bem o que estamos tentando explicar. Este dirigente de sinagoga, totalmente convicto da sua posição de escolhido por Deus e pelo fato de ser israelita e conhecedor da Tora, não tinha dúvidas de que podia dialogar com Jesus de igual para igual. Mas, em vez de ouvir o que queria, ficou embaraçado, confuso e meio sem rumo, diante da mais desconcertante palavra que ouvira em toda sua existência: para ver e entrar no Reino de Deus faz-se necessário nascer de novo, nascer da água e do Espírito. “Como posso fazer para voltar ao ventre de minha mãe e nascer de novo?” – indaga ele ao Filho de Deus.

Diante da paradoxal colocação de Nicodemos, Jesus não se constrangeu e continuou dizendo da sua necessidade de ter uma experiência de transformação com Deus e com o seu Espírito.

Segundo Jesus, Nicodemos está longe do Reino: não pode vê-lo, adentrá-lo, a menos que nasça de novo, ou seja, nasça de cima para baixo: não da religião – que é de baixo para cima , mas de Deus: de cima para baixo.

Observe que um homem extremamente religioso que imaginava estar totalmente dentro do Reino, estava completamente fora que nem sequer podia ver o Reino.

Como Nicodemos, alguns muitos evangélicos, conquanto estejam na igreja e sejam freqüentadores assíduos de todos os cultos, não sabem, no entanto, o significado real do Reino de Deus e sua presença restauradora entre os homens, convocando-os, provocando-os e desafiando-os com suas confrontações.

Isto acontece porque por muito tempo ouvimos falar de um Reino de manifestação exclusivamente escatológica, verticalista, sem nenhum horizontalismo. Um Reino que não chegou, mas vai chegar. Não aprendemos à dissociar o Reino aqui/agora do Reino depois/além. Temos por isso séria dificuldade de conciliar o agora com o depois.

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