domingo, 11 de abril de 2010

Tributo a minha querida mãe


Eu tinha 7 anos quando matei minha mãe pela primeira vez.

Eu não a queria junto a mim quando chegasse à escola em meu 1º dia de aula, eu me achava forte o suficiente para enfrentar os desafios que a nova vida iria me trazer.
Poucas semanas depois descobri aliviado que ela ainda estava lá, pronta para me defender não somente daqueles garotos brutamontes que me ameaçavam.

Quando fiz 14 anos eu a matei novamente, não a queria me impondo regras ou limites, nem que me impedisse de viver a plenitude dos vôos juvenis. Mas logo no primeiro porre eu felizmente a descobri viva. Foi quando ela não só me curou da ressaca, como impediu que eu levasse uma vergonhosa surra de meu pai.

Aos 18 anos achei que mataria minha mãe definitivamente, sem chances para ressurreição. Sai de casa e fui morar em Icaraí - Niterói exercendo atividades em que a presença materna não cabia em nenhuma hipótese. Ledo engano: quando me descobri confuso sobre qual rumo seguir voltei à casa materna, único espaço possível de guarida e compreensão.

Aos 24 anos me dei conta de que a morte materna era possível, apenas requeria lentidão... Foi quando me casei, finquei bandeira de independência e segui viagem. Mas bastou nascer a primeira filha para descobrir que o bicho “mãe” se transformara num espécime ainda mais vigoroso chamado “avó”. Para quem ainda não viveu a experiência, avó é mãe em dose dupla... Apesar de tudo continuei acreditando na tese da morte lenta e demorada e, aos poucos fui me sentindo mais distante e autônomo, mesmo que a intervalos regulares ela reaparecesse em minha vida desempenhando papéis importantes e únicos, papéis que somente ela poderia protagonizar... Mas o final dessa história, ao contrário do que eu sempre imaginei, foi ela quem definiu: quando menos esperava, ela decidiu morrer. Assim, sem mais, nem menos, sem pedir licença ou permissão, sem data marcada ou ocasião para despedida. Ela simplesmente se foi, deixando a lição que mães são para sempre!

Ao contrário do que sempre imaginei, são elas que decidem o quanto esta eternidade pode durar em vida, e o quanto fica relegado para o sublime terreno da saudade...

Hoje, dia 11 de Abril, faz exatamente 4 anos que a minha mãe partiu às Mansões Celestiais. Com apenas 58 anos de idade ela se foi. Me bateu uma saudade descumunal. Ela não teve a oportunidade de conhecer a Bianca a sua mais nova netinha. Quantas coisas eu gostaria de dizer, mas agora não posso mais. Quero apenas aproveitar esse espaço para fazer uma homenagem àquela que foi e sempre será a minha querida mãe.

Mãe te amo, um dia estaremos juntos pra sempre na ETERNIDADE....

16 comentários:

  1. Sei que palavra alguma irá diminuir sua saudade,muito menos sua dor.Mas gostaria de relembrar junto com você que faz 1 ano que ganhei um irmão e que nosso amor por você é muito grande e especial.
    Saiba que você sempre pode contar conosco em todos os momentos de sua vida e que você tem uma MÃE que Deus lhe presenteou e que lhe ama muito.
    Um grande beijo e um abraço bem apertado da sua irmã caçula.

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  2. Esta postagem parece vir de um coração com m sentimento misto de agradecimento e culpa. Agradecimento pelo reconhecimento da presença imprescindível de alguém que hoje faz muita falta. Culpa, pelo tempo muito curto de poder dizer a mãe o que gostaria, muito mais agora com sentimento amadurecido, aprofundado. Hoje você só pode dizer a nós, seus ouvintes, o forte amor que você sente por ela. Quero lhe dizer, meu filho, que em momento algum você matou sua mãe; você, se muito, procrastinou sua aproximação de você. Hoje, eu posso imaginar como ela faz falta a você para lhe dar resistência e referencial. Por outro lado, ela se sentiria uma mãe abençoada vendo sua disposição em servir a Deus e o seu despontamento como prega-graça da Palavra de Deus.
    Vai na força do Senhor!

    Quem é sempre amigo

    Rev. Paulo Cesar Lima,
    seu pai.

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  3. A DOR DA SAUDADE!!!!
    E MUITO DIFICIL. MAS EM
    FÉ EM FÉ TENTAMOS SUPERAR A CADA DIA.

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  4. Querida Josiane,

    A Paz do Senhor,

    Sinto-me confortado ao ler as suas palavras. Tenho certeza que ganhei uma mãe uma família.

    No Amor de Cristo,

    Seu irmão mais velho,

    Flavio Ferreira Constantino.

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  5. Querido amigo, pai e Pastor Paulo Cesar Lima,

    A Paz do Senhor,

    Como sempre, suas palavras são como flechas em alvo certeiro. Tenho tido o grande privilégio de poder compartilhar esse momento com o senhor. Bem Sabes da admiração que tenho por ti.

    Desculpe a ausência de palavras, mas no momento é quase impossível que possa sair algo mais.

    No Amor de Cristo,

    Um grande abraço de seu filho, amigo e discípulo

    Flavio Ferreira Constantino

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  6. Querida irmã Simone,

    A Paz do Senhor,

    Mais uma vez muito obrigado pela sua visita aqui em meu blog e nesse dia um tanto difícil para mim. Suas palavras me caem muito bem.

    No Amor de Cristo,

    Um grande abraço de seu Pastor,

    Flavio Ferreira Constantino

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  7. Oh querido pastor muito me emocionou e comoveu sua linda homenagem a sua querida mãe,neste momento estou em prantos pois embora muitos conheçam minha querida mãe Célia não foi ela que me criou,minha mãe de criação foi minha irmã mais velha Cecilia e ela se foi quando eu era apenas uma criança tinha eu 10 anos tambem nao deu tempo de expressar a ela o quanto eu a amava e pra maior tristeza eu a encontrei morta no banheiro da minha casa,saiba assim como o senhor sinto essa imensa dor e saudade mas que o espirito santo consolador console seu triste coração e viva sempre com essa certeza que o senhor ira reencontra la um dia!Um grande abraço e a paz do senhor querido pastor.

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  8. Meu querido irmão (e aqui quem ecoa com a voz embargada e estremecida pelo choro é a sua irmã, Flaviana)
    Lembro-me de cada vez que silenciei o nome de nossa mãe, após a sua partida, a fim de evitar a dor e a saudade não só a mim, mas a todas as pessoas, que assim como nós compartilharam de momentos únicos e especias ao lado dela.
    Lembro-me também do abraço que demos em família, em volta daquele sepulcro, tão frio, tão sem brilho e tão triste, que nada tinha a ver com a imagem que guardo de nossa mãe.
    Não me esqueço também da promessa que fizemos uns aos outros, eu, você, nosso querido pai, e cônjuges de que cuidariamos uns dos outros. Ah... essa foi sem dúvida a melhor parte, nunca estivemos tão unidos, pena que o tempo passa e leva com ele algumas lembranças...
    Não me entenda mal, e aqui vai um desabafo, não gostaria de sepultá-la novamente, mas gostaria de reacender essa promessa que fizemos no seio da nossa família, não a que escolhemos por força das circunstâncias, mas no seio da família que o Senhor nosso Deus constituiu para nós. E tenho certeza de que esse seria o desejo dela, se ainda estivesse entre nós.

    Um abraço e um beijo fraterno,

    Sua sempre irmã Flaviana.

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  9. Querida Lilian,

    A Paz do Senhor,

    Posso entender perfeitamente a sua dor, não sabia de sua história, confesso que fiquei sem chão. Mas quero nesse momento também expressar os meus sinceros agradecimentos a você pelas palavras confortadoras.

    No Amor de Cristo,

    De seu irmão em Cristo e Pastor,

    Flavio Ferreira Constantino

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  10. Querida irmã Flaviana,

    A Paz do Senhor,

    Agradeço a você pelas suas palavras, tenho certeza que muitas outras coisas você gostaria de dizer. Porém, com relação a "promessa" feita em volta daquele sepulcro tão frio, tão sem brilho e tão triste também me recordo muito bem.

    Mas você sabe, infelizmente a vida nos prega algumas peças difíceis de protagonizar. Algumas coisas aconteceram no decorrer desses quatro anos. Histórias que eu não me orgulho nem um pouco, aliás, me causa muita tristeza só em lembrá-las.

    Durante esse período me senti inúmeras vezes sozinho, pois aqueles que fizeram a "promessa" não tiveram a capacidade de solidarizar e nem de dar um telefonema.

    Coisa triste dizer isso aqui, mas na maioria das vezes fui trocado por fofocas que apenas dilaceraram ainda mais a nossa família. Sem a chance de me defender. Estou falando com relação a membros da família que fez a "promessa".

    Pessoas que no pulsar das palavras precipitadas destruiram amizades que somente Deus poderá restaurá-las. Mas o que me entristece é o fato de que tais pessoas nunca fizeram parte de nossa família, mas vieram e apareceram apenas para destruí-las.

    É por isso que sinto muita falta de nossa querida mãe, pois ela não permitiria nunca algo desse tipo. Pela postura e dignidade que tinha.

    Mas Deus me presenteou com pessoas que não fizeram a "promessa" mas que adotaram a mim e a minha família. Pessoas que também tem me corrigido quando necessário e me amado quando sinto a falta desse amor materno e familiar.

    Mas Deus faz assim, Ele usa quem Ele quer usar.

    Mas é bem verdade que nada substitui a imagem materna. Porém, vamos proseguindo sabendo que o nosso descando não é aqui.

    Com relação a "promessa" muitas outras coisas deveriam acontecer. Ai eu diria só por uma intervenção Divina.

    Desculpe o meu desabafo.

    No Amor de Cristo,

    O seu sempre irmão

    Flavio Ferreira Constantino

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  11. Josilene M. Constantino13 de abril de 2010 às 10:59

    Quero deixar aqui os meus mais profundos e sinceros sentimentos à você que está passando por esses momentos tão difíceis e por esses 4 anos de muitas saudades de sua mãe.

    Sua mãe que para mim foi um exemplo de mulher, exemplo de mãe e exemplo de avó. Pois não tive como sogra mas sim como uma mãe. E que também sinto muitas saudades.

    Mas quero louvar a Deus pelo filho que essa grande mulher nos deixou, você esse homem sincero, honesto, íntegro, um pai exemplo, carinhoso, presente...

    E que eu tenho certeza que suas filhas tem muito orgulho em tê-lo como pai.

    Enfim você é um verdadeiro homem de Deus. E louvamos a Deus pela sua vida.

    Sua esposa Josilene e suas pérolas Débora e Bianca.

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  12. pastor passei um bom tempo sem olhar meus imails por isso só hoje li essa linda e tão triste homegem,não acho tarde para deixar os meus sinceros sentimentos porque tenho certeza que esta dor te acompanha não só nesta data mas por todos os dias.enfim passo aqui para dizer que admiro sua força,sua forma de enfrentar as dificuldades pois muitas vezes creio eu que com o coração dilacerado não deixou transparecer sua dor para que aqueles que precisam do seu sorriso não sofrece,mas quero te dizer que se um dia precisar chorar diante de nós chore,se um dia precisar demonstrar seu sofrimento sofra,pois não deixaremos de lhe admirar por isso,acredite.

    um abraço não só hoje mas para cada dia que preciares dessa família que te ama e muito te admira.
    Luiz Eduardo,Rosiane e João Pedro.

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  13. Querida irmã Rosiane,

    A Paz do Senhor,

    Fico feliz com a sua visita aqui em nosso blog. Tenho certeza que posso contar com o ombro amigo dessa família cujo representante, seu esposo, é um grande amigo e companheiro de ministério.

    Deus possa tornar realidade todas as promessas que Fez e tem feito a vocês.

    No Amor de Cristo,

    Pastor Flavio Ferreira Constantino

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  14. Esta postagem me faz refletir!
    Hoje tenho minha mãe ao meu lado, aos 73 anos. Alguém que eu faço tudo por ela, tentando espressar tudo o que sinto e valorizar agradencendo o que sou e o que ela fez por min.
    As vezes até ultrapasso os limites tentando poupa-la e faze-la mais feliz para que eu nnão tenha nenhuma dúvida de que cumpri com o meu papel de filha, mais sei que isto de nada adiantará, pois o que sempre fica é um grande vázio quando se perde, que somente ela (MÃE)consegue preenche, porque em meio as nossa fraquezas sempre um grito sufocado ecoará, MÃE!!!!. E ele já não está mais presente.
    Mas de uma coisa tenho certeza é Deus que nos consola, sendo assim aguardamos firmes aquele grande dia.
    Fique firme estamos contigo!!!!!
    Que possamos valorizar mais a expressão MÃE em vida.

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  15. Querida irmã Selma,

    A Paz do Senhor,

    Você disse tudo: Que possamos valorizar mais a exprssão mãe.

    Vai ai um conselho de quem não tem mais esse previlégio: Curta bastante a sua mãe. Diga coisas bonitas a ela para que quando chegar o dia mal, você tenha a consciência limpa de que amou sua mãe sem reservas, e a culpa não invada sua alma.

    Um grande abraço,

    No Amor de Cristo.

    Pastor Flavio Ferreira Constantino.

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  16. Pastor não existem palavras que possam diminuir uma dor tão grande que é a dor da perca. Mas quero te dizer que aprendi e estou aprendendo muito com o senhor. Um homem temente a Deus e fiel. Que o Senhor possa a cada dia te conceder mais e mais sabedoria dos altos céus e derramar sobre sua vida e sobre sua família toda sorte de Bençãos. Saiba que como o senhor mesmo pregou, é no silêncio que Deus trabalha. Graça e Paz !!!!!!!!!!

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