quinta-feira, 28 de março de 2013

A Família Frente ao Consumismo

          Muitas famílias, talvez a maioria, são levadas pelo forte estímulo de uma propaganda “bem bolada” a querer possuir aquilo que não podem. Começam a ficar indóceis, irrequietas. Aí, então é que surgem as “vantajosas prestações” facilitando todas as coisas.

 E não vos confor­meis com este mun­do, mas transfor­mai-vos pela reno­vação do vosso entendi­mento, para que experimenteis qual seja a boa, agradável, e perfeita vontade de Deus” (Romanos 12:2).
O esquema de vida implantado  pela sociedade de consumo vem se tornando cada vez mais hostil e mais difícil para a sobrevivência do ser huma­no. Tanto o indivíduo como a família têm sido usados como cobaias para as mais diferentes experiências do programa empresarial hodierno, que tem como objetivo único tornar o maior número possível de seres humanos num alvo passivo e, daí, em potenciais consu­­midores.
A verdade é que só nos apercebe­mos que estamos sendo arrasta­dos pela cor­renteza do consumismo mo­derno, quan­­do somos surpre­endidos, as mais das vezes, praticando aquilo que nunca imaginamos praticar; com­prando o que nunca desejamos com­prar, e vivendo um tipo de vida que jamais almejamos viver. Aí, então, nos assustamos. A rigor, isto acontece de forma muito sutil e bem esquematiza­da, de modo a não deixar pistas nega­tivas aos clientes e nem decepcioná-los ou inibi-los.
A socióloga M.B. L. Della Torre, autora do livro O Homem e a Sociedade, analisa as sugestões por trás de cada propaganda. Segundo ela, sugestão é também cópia, mas cópia de ideias. Na sugestão há comuni­cação de ideias, geralmente aceitas sem maior exame ou crítica. Essas são comunicadas, ou por ideias (expressas ou não), ou fazendo apelo para sentimentos e emoções. Continuando, a socióloga diz que na análise da sugestão deve-se considerar: a) o prestígio ou ascen­dência do agente e b) a sugestionabilidade do paciente. Para Della Torre só nos deixamos suges­tionar  por quem possui ascendência, prestígio sobre nós. É baseada nisso que a socióloga diz que a propaganda lança mão de “ídolos do povo” para alcan­çar seus fins. O paciente é mais ou menos suges­tionável, dependendo de certas variáveis como idade, tempera­mento, conhecimentos deficientes, desejos insatisfeitos. A criança deixa-se suges­tionar mais facilmente que o adulto; o primitivo, mas do que o civi­lizado. As pessoas de temperamento nervoso ou impulsivo, são geralmente mais propensas à sugestão. Somos mais propensos a deixar-nos levar por ideias, das quais possuímos conheci­mento deficiente, por não dispormos de base para nos opor. Toda proposta que acene a uma de nos­­sas aspirações, consciente ou in­conscientemente, é recebida geralmente sem demora e sem crítica.
O grau de sugestionabilidade, con­forme parecer da socióloga Dalle, varia no mesmo indivíduo de acordo com o momento. A fadiga nos deixa propensos a aceitar ideias com mais passividade. Em momentos de exci­tação coletiva, como na multidão ati­va, os indivíduos precisam de forte espírito crítico para rea­gir à sugestão.(1)

Alfred M. Lee e Elizabeth B. Lee, citados pela socióloga Della Torres, ana­­lisam os instrumentos usuais de propaganda classificando-as em sete tipos principais:(2)
a. Qualitativo. Consiste em referir-se ao adversário usando termos com cono­­tação negativa: “quadrado”, “bitolado”, “caipira”.
b. Generalidades brilhantes. Emprega-se um tipo de conceito universal­­mente bem aceito: “beleza femi­nina”, “juventude”, “felicidade”.
c. Transferência. Associa-se uma ideia ou coisa a uma pessoa, imagem ou símbolo reverenciado: “John Kennedy”, “criança-flor”.
d. Testemunho. Menciona-se a aprovação de uma ideia ou objeto por uma pessoa de grande prestígio: artis­­ta famoso, líder popular, atleta de fa­­ma.
e. Popularidade. Assumem-se atitudes simpáticas ao público. Mostra-se, por exemplo, amigo dos pobres, protetor dos infelizes.
f. Jogo marcado. Mencionam-se de  maneira exageradamente favorável as     virtudes de uma pessoa ou objeto, omitindo-se os pontos negativos. Exemplo: “Tal remédio cura todas as doenças”.
g. Adesionismo. Espalha-se a ideia de que o mundo faz ou usa deter­minada coisa. Exemplo: “Se você ain­­da não comprou o produto X”. Há ainda muitos outros instrumentos de propaganda, e dia a dia novas técnicas publicitárias são aperfeiçoadas.

Os governos vêm discutindo sobre a validade ética do emprego de propaganda subliminar. Trata-se de uma téc­­nica em que o indivíduo não tem ciência de estar sendo estimulado a consumir determinado produto ou a adotar certa atividade ou compor­tamento com relação a alguma ideo­logia, grupo, etc. Na tv e no cinema, esta técnica sutil con­siste em lançar de­terminada imagem durante algum programa ou filme. A imagem aparece na tela como um relâmpago, em frações de segundo. Embora a pessoa raramente perceba, a imagem se fixa em seu in­consciente. Foi feito um teste num cinema, projetando-se a imagem de um refrigerante X, várias vezes durante o filme. Na saída da sessão, distribuíram-se refrigerantes da mes­­ma marca X e Y. O resultado foi espantoso: a maioria do público “pre­­feriu” o refrigerante X. E esta é apenas uma das técnicas da propaganda subliminar.


ÍDOLOS DE PAPEL


Hoje, com a chamada valorização humana, está bem patente a todo o em­­presário que o “filão” do mercado é di­­rigir o impulso principal da publicidade para um traço inerente da natureza humana, o orgulho. Basta examinar as revistas e observar os anúncios coloridos que tomam a página. São verdadeiros ídolos de papel. Muitas vezes tais propagandas não se referem à utilidade do artigo por eles apresentado, mas ao orgulho do comprador. “Pense na satisfação que vai sentir quando seus amigos olharem, invejosos, o seu novo carro, sua nova cozinha, seu novo iate”, diz a propaganda. E os quadros visuais apresentam também a expressão de inveja nos rostos dos amigos, a quem está sendo mostrada uma casa nova, com todas as instalações elegantes e dispositivos embutidos. Foi Bacon quem afirmou: “A felicidade dos grandes não consiste em sentir que sejam realmente felizes, mas em compreender como os outros acham que devem ser felizes.”

Assim é que vemos gente entediada desfilando em veículos elegantes, não que esteja procurando oportunidades de fazer qualquer contribuição à sociedade, mas pondo-se à vista para que outras pessoas a admirem. Diz Billy Graham que o orgulho não está em querer ser rico, mas em querer ser mais rico do que o vizinho. Não é querer ser notado, mas querer ser o mais notado. Não é querer ter as coisas, mas querer ter mais coisas do que os outros.

MÁQUINAS DE PRODUZIR SONHOS

“Nós criamos o sonho e eles compram a ilusão”, disse em uma de suas aulas um professor de Comunicação e Expressão.
Com imagens requintadas, encantadoras, multicoloridas, cheias de sonhos e com frases curtas e bem elaboradas como “Momentos felizes começam com um presente feliz”, “Coma bem e ainda economize”, “Ande na moda com o esportivo estilo europeu”, “Seguro é com o corretor”, “Não sonhe com a realidade”, “Aproveite o seu apetite para conquistar uma imensa fatia do mercado”, “Agora você vai se apaixonar”, “UNIQUE, acaba com o sorriso amarelo de fumantes”, “A nova moda que está conquistando o mundo”, “O seu sonho virou realidade”, etc. entra em cena, qual avalancha incontida, o consumismo moderno, enchendo os olhos dos incautos, com o escopo de fazê-los sonhar, divagar, pois assim não se lembrarão das suas misérias, e necessidades presentes. Essas máquinas têm o poder de transportar as pessoas, de uma amargura presente, para um futuro utópico e cheio de ilusões. É o mundo das fantasias. Muitas famílias, na tentativa de escapar das pressões, opressões e depressões do mundo presente, começam a viver uma vida de sonhos e devaneios, que no final serão os mais terríveis pesadelos.

Dentre uma gama muito grande de máquinas produtoras de sonhos, des­taca-se em primeiríssimo lugar a TV. Stanislaw Ponte Preta, famoso humorista carioca, chamava a televisão de “a máquina de fazer doidos”. Um físico alemão, em sua análise sobre o assunto, diz que a televisão forma e deforma caráter.

De fato, é precisamente com ela que a sociedade de consumo trabalha ferozmente, aplicando suas mais modernas técnicas aliadas às mais recentes conquistas das ciências humanas e sociais, a fim de abarrotar o mercado com os seus diversificados produtos. O consumismo, com as suas sugestões e propostas, arrasta para dentro dos lares, em fração de segundos, todos os maus hábitos, tiques nervosos, vícios diversos, modas extravagantes, etc., condicionando, assim, a família, o grande re­­ceptáculo destes produtos, a um “modus vivendi” conforme os moldes impingidos, pelo sistema. E é aqui, exatamente aqui, onde começa a inin­terrupta busca do homem pelo ter, pelo possuir.

Podemos dizer que a família atual, sob os efeitos da hipinose das publicidades do consumismo, corre celeremente para a sua completa desestabilização moral e social. E o pior de tudo é que não exis­­­te no léxico da sociedade de consumo o verbo parar. A ordem suprema é: “To­dos devem ser alcançados (do bebê recém-nascido até o homem mais idoso), custe o que custar!”

No desespero de vender suas marcas, patentes, etiquetas, etc., as empresas têm gastado quantias vultuosas em propaganda. Por exemplo, para quem fuma uma marca X de cigarros, ele se depara com cenas belíssimas e ao mesmo tempo requintadas no fundo do vídeo. Já as marcas inferiores, são ilus­­tradas com cenários rústicos e sinuosos, com vistas a atingir o homem mais po­­bre.

A verdade é que neste grande mercado dos sonhos, a família se torna a grande consumidora de ilusões, que não lhe trazem nenhuma compensação real, pois tornam-se em verdadeiras desgra­­ças o que se vê, em muitos casos, é um acúmulo de dívidas sobre dívidas, que levam a família à ruína.
O escritor e sociólogo Eric From, escreveu um livro intitulado Ser versus Ter, onde fala sobre o porquê das depressões e das frustrações do homem moderno. Ele diz que o homem atual mudou completamente o seu comportamento. Antes, sempre queria ser alguma coisa; agora, procura, descontroladamente, ter alguma coisa.
Aproveitando-se desta ano­malia no comportamento humano, o consumismo moderno, aparamentado com suas etiquetas, “slogans”, sugestões, sons estonteantes e requintes, vem aliciando e enlaçando seus consumidores de todos os níveis e idades. Ninguém escapa aos seu encantos.­ Ele apresenta-se, à seme­­lhança de uma enorme aranha, a mover-se em suas tenebrosas teias, a fim de prender suas vítimas para o golpe fatal.

A verdade é que muitas famílias, talvez a maioria, são levadas pelo forte estímulo de uma propaganda “bem bolada” a querer possuir aquilo que não podem. Começam a ficar indóceis, irre­­quietas. Aí, então, é que surgem as “van­tajosas prestações” facilitando as coisas, inclusive sem entrada e sem juros. Tudo muito bem esquematizado e programado. Mas a realidade é que estas “vantagens” não passam de “iscas” para agarrar os incautos em duras e intermináveis dívidas. Lembre-se, as famílias evangélicas, que nós não podemos nos deixar levar pelo espírito deste século. Disse o nosso amado mestre: “Não andeis cuidadosos [ansiosos]  quanto à nossa vida, pelo que haveis de comer ou pelo que haveis de beber; nem quanto ao vosso corpo, pelo que haveis de vestir. Não é a vida mais que o mantimento, e o corpo mais do que o vestido? Mas buscais primeiro o reino de Deus, e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas” ( Mt 6.25,33).

ENFEITANDO O PAVÃO

Embora sendo um pouco reprimida pelo problema socioeconômico e sabendo que o mercado não está propício, a sociedade de consumo não perde tempo nem espaço, para enfeitar muito bem o “seu pavão”.
Nesta corrida em busca do ouro, isto é, pela conquista do mercado, não há escrúpulos, não se pensa em padrões  morais, em família, em bom senso. A meta prioritária é aliciar, vender o que for lucrativo, enlaçar os consumidores, tantos quantos possíveis. Os empresários, via de regra, lançam mão das técnicas mais sutis e requintadas para, a todo custo, atingir os seus objetivos, sem contudo preocuparem-se com o aspecto nocivo que certos produtos podem trazer ao homem e à família.
Uma importante revista apresenta o anúncio onde se lê um parágrafo revelador: “A automatização, o uso da eletrônica para dirigir máquinas, irá encher seu lar de surpresas. Irão olhos mágicos iluminar todas as peças da casa. Você virá a possuir um piano portátil, relógios elétricos com fio e telefones onde se fala sem ser preciso tirar o receptor do gancho. Descubra como esse novo e emocionante acontecimento poderá tornar mais feliz a sua vida.
Pergunto: Estaria a felicidade reduzida a pianos portáteis e ao piscar de o­lhos mágicos?
Mas aí está o consumismo moderno, incontrolado, impulsivo, a despejar so-­bre os lares todo o seu lixo.

NÃO VOS CONFORMEIS COM O MUNDO

Estando agora a par de todas as manobras da sociedade de consumo e dos múltiplos enganos, toda a família cristã, como parte única na busca da conservação dos valores morais, deve atentar para os conselhos do apóstolo Paulo exarados nas Escrituras: “Não vos conformeis com este mundo”. A palavra “não vos conformeis”, no grego, susxhmati/zese indica a modelagem segundo um determinado padrão, em que uma coisa toma a forma de ou­­tra, adquirindo o seu caráter, me­­­diante alguma influência ou poder exterior. Significa “moldar de confor­midade com”. É possível que o verbo “confor­­mar-se” (no grego, schema) seja contrastado com o vocábulo grego “morphê”, que é a raiz da palavra que pode ser traduzida por “transformar”.
A idéia aqui é a de que o mundo tem um esquema de vida e que a família cristã não pode viver dentro ou conformada nele. A razão por que muitas famílias não conseguem uma grande transformação é exatamente esta. Poderíamos, pois, dizer: “Não vos esquematizeis com este mundo”, ou: “Não andeis nos esquemas de vida deste mundo”. O esquema de vida do mundo abrange todos os ângulos da vida. O mundo dita normas para a religião, família, governo, moral, sexo, educação, e para tudo mais. Quando uma pessoa é salva por Cristo e continua, ainda que não completamente, vivendo segundo o esquema de vida ditado pela sociedade de consumo, a transformação de Cristo não se processa satisfatoriamente em sua vida.
O crente não pode viver a vida cristã acompanhando o esquema de vida do mundo, porque este mundo (a humanidade e o sistema de vida) inteiro­ “jaz no maligno” (1 Jo 5.19). João usou o verbo “jazer”, que tem a ideia de estar deitado, como morto.
O apóstolo Paulo ainda nos exorta: “Nos quais andaste outrora, segundo o curso deste mundo.” A palavra “mundo” aqui neste texto e em muitos outros na Escritura, significa sistema de vida da humanidade sem Cristo. A expressão “curso deste mundo”, é de um poder tão forte que arrasta a tudo que está no seu curso, como quando as águas de uma grande represa rompem a barragem. Qualquer pessoa no curso é arrastada. Milhares de famílias cristãs não conseguem ficar livres da correnteza. O único modo de vencer o mundo, mormente o consumismo moderno, é conhecer o modo de vida segundo Deus, exarado na Bíblia Sagrada.
É necessário que todas as famílias cristãs, nesta hora de tantos ataques diabólicos, se curvem, em oração, aos pés do Filho de Deus, para ouvir a sua petição ao Pai: “Não peço que o tires do mundo; e, sim, que os guardes do mal [maligno, no original]” (Jo 17.15).

Autor: Rev. Paulo Cesar Lima

Fonte: http://revpaulocesarlima.blogspot.com.br/2013/03/a-familia-frente-ao-consumismo.html

sexta-feira, 15 de março de 2013

Jean Wyllys ameaça e Olavo de Carvalho responde.


De: Jean Wyllys de Matos Santos < dep.jeanwyllys@camara.gov.br>

Data: 11 de julho de 2012 23:30
Assunto: Olavo de Carvalho, retrate-se ou serás processado!
Para: olavo@olavodecarvalho.orgEste endereço de e-mail está protegido contra spambots. Você deve habilitar o JavaScript para visualizá-lo.

Sr. Olavo de Carvalho, Vieram-me informações que vossa senhoria e o Deputado Estadual Flávio Bolsonaro, no programa True Outspeak de hoje, 12/07/2012, fizeram várias insinuações homofóbicas, caluniosas, difamatórias e injuriosas contra minha pessoa.

Pelo visto o Sr. não sabe o que é uma democracia, tendo em vista que sua pretensão é criar um Estado Fascista, pois buscas tolher toda e qualquer direito adquirido pelo povo LGBTS, que, através da minha legislatura, conseguiram o direito fundamental ao casamento e à adoção de crianças.

Durante o referido programa, ambos, além de todos os ataques homofóbicos, induziram o público a acreditar que sou o defensor da legalização da pedofilia - o que é totalmente mentiroso de sua parte. Defendo, sim, o direito de qualquer pessoa poder dispor do seu corpo da forma que bem entender - inclusive as crianças, pois estas têm as mesmas necessidades que os adultos e não são propriedades de ninguém. Suas declarações criminosas contra mim não ficarão impunes.

O Sr. e aquele deputado homofóbico utilizaram tal espaço para denegrir a imagem de um parlamentar que se destacou até hoje na luta pelos Direitos Humanos. O Código Penal pune, com rigor, todas estas condutas apresentada pelos senhores no programa, mesmo que tenha sido gravado nos Estados Unidos.


DOS CRIMES CONTRA A HONRA

Calúnia Art. 138 - Caluniar alguém, imputando-lhe falsamente fato definido como crime: Pena - detenção, de seis meses a dois anos, e multa. § 1º - Na mesma pena incorre quem, sabendo falsa a imputação, a propala ou divulga. § 2º - É punível a calúnia contra os mortos. Exceção da verdade § 3º - Admite-se a prova da verdade, salvo: I - se, constituindo o fato imputado crime de ação privada, o ofendido não foi condenado por sentença irrecorrível; II - se o fato é imputado a qualquer das pessoas indicadas no nº I do art. 141; III - se do crime imputado, embora de ação pública, o ofendido foi absolvido por sentença irrecorrível. Difamação Art. 139 - Difamar alguém, imputando-lhe fato ofensivo à sua reputação: Pena - detenção, de trê ;s meses a um ano, e multa. Exceção da verdade Parágrafo único - A exceção da verdade somente se admite se o ofendido é funcionário público e a ofensa é relativa ao exercício de suas funções. Injúria Art. 140 - Injuriar alguém, ofendendo-lhe a dignidade ou o decoro: Pena - detenção, de um a seis meses, ou multa. § 1º - O juiz pode deixar de aplicar a pena: I - quando o ofendido, de forma reprovável, provocou diretamente a injúria; II - no caso de retorsão imediata, que consista em outra injúria. § 2º - Se a injúria consiste em violência ou vias de fato, que, por sua natureza ou pelo meio empregado, se considerem aviltantes: Pena - detenção, de três meses a um ano, e multa, além da pena correspondente à violência. § 3o Se a injúria consiste na util ização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem ou a condição de pessoa idosa ou portadora de deficiência: (Redação dada pela Lei nº 10.741, de 2003) Pena - reclusão de um a três anos e multa. (Incluído pela Lei nº 9.459, de 1997) Disposições comuns Art. 141 - As penas cominadas neste Capítulo aumentam-se de um terço, se qualquer dos crimes é cometido: I - contra o Presidente da República, ou contra chefe de governo estrangeiro; II - contra funcionário público, em razão de suas funções; III - na presença de várias pessoas, ou por meio que facilite a divulgação da calúnia, da difamação ou da injúria. IV – contra pessoa maior de 60 (sessenta) anos ou portadora de deficiência, exceto no caso de injúria. (Incluíd o pela Lei nº 10.741, de 2003) Parágrafo único - Se o crime é cometido mediante paga ou promessa de recompensa, aplica-se a pena em dobro.

Portanto, filósofo-criminoso, espero que você, no próximo programa, se retrate, pois, caso contrário, acionarei meus advogados contra ambos, para que tal ofensa seja reparada através do recebimento de danos morais e da sua condenação na esfera criminal.

Exijo, para tal, o DOBRO do tempo destinado a falar de minha orientação sexual e meus projetos, para esta retratação, com pedido de desculpas e correção da informação, pois não sou defensor da pedofilia - aliás, sou um paladino no combate a este mal.

Meus votos de elevada estima e consideração.

Atenciosamente, Deputado Federal Jean Wyllys.



Resposta de Olavo de Carvalho

 
Prezado senhor,

Como o senhor deve ter percebido, a informação a que o senhor se refere foi fornecida pelo próprio Deputado Flávio Bolsonaro no programa True Outspeak de 11 de julho de 2012. Não vendo, naquele momento, motivo para duvidar do entrevistado, limitei-me a repeti-la. É a ele, portanto, e não a mim, que o senhor deve enviar sua reclamação antes de tudo.

Em todo caso, como é da minha obrigação jornalística, vou tentar conversar novamente com o sr. Bolsonaro, para ver se ele confirma ou desmente o que disse. Caso a informação seja realmente infundada, como o senhor alega, não terei a menor hesitação em pedir desculpas por havê-la divulgado, pois, como o senhor pode confirmar pelas palavras de apresentação repetidas em cada programa, a última coisa que desejo fazer ali é cometer injustiça contra quem quer que seja.

Qualquer que seja o caso, o senhor poderia me esclarecer qual a diferença, se existe, entre a liberação da pedofilia e a "liberdade de a criança dispor do seu próprio corpo", que o senhor defende? Tem o senhor a certeza sincera de que essa medida não incluirá, logicamente e necessariamente, a liberação da "pedofilia consentida"? Por exemplo, na perspectiva que o senhor defende, deve haver liberdade para que um marmanjo de 17 anos e 11 meses, legalmente menor de idade, tenha relações com um menino de cinco, seis ou sete anos, caso este o deseje ou consinta? Por favor, seja honesto: não tergiverse, responda "sim" ou "não".

Caso o senhor não consiga demonstrar logicamente que a sua proposta protege as crianças contra um caso desse tipo, ou que tais casos não constituem "pedofilia consentida", não haverá nenhum erro em considerá-lo um apologista da pedofilia ao menos consentida. O senhor pode me explicar a diferença, se é que alguma existe? Se quiser espaço para isso no meu programa, está à sua disposição, reservado o meu direito de comentar as suas declarações em seguida. Não sei se o senhor será louco de expor-se a semelhante vexame, mas, se quer mesmo, não vou contrariá-lo.

Aproveito a ocasião para desafiá-lo a mostrar uma linha da minha autoria, uma só, que advogue a implantação de alguma lei ou instituição fascista no Brasil. Caso o senhor não consiga fazê-lo, como de fato não o conseguirá, serei eu que tomarei a iniciativa de lhe exigir desculpas que, caso negadas, resultarão numa ação judicial contra a sua pessoa.

Também não é demais informar, caso o senhor não saiba, que um sistema fascista, caracterizado pela partilha do poder entre um partido dominante e uns quantos grupos econômicos, pela uniformização ideológica da sociedade, pela constante intimidação das oposições e pelo controle estatal da vida privada, já está implantado no Brasil pelo governo que o senhor apóia. O senhor não tem a menor idéia do que é fascismo, e usa o termo a título de mero insulto, como criança que repete a esmo palavras cujo sentido desconhece.

Quanto às demais afirmações que proferi a seu respeito no programa, não retiro nenhuma. O senhor é mesmo muito feio e é pura presunção da sua parte imaginar que alguém possa ter atração, quanto mais "obsessão" pela sua pessoa. Quem provocou essa resposta foi o senhor mesmo, quando, num rompante de pura cafajestada, atribuiu a "homossexualismo enrustido" as críticas que eu fizera à sua resposta ao pastor Silas Malafaia,

Talvez o senhor não seja mesmo apologista da pedofilia, pelo menos forçada. Prometo averiguar. Mas uma coisa tenho, agora mais que nunca, a certeza de que o senhor é: semi-analfabeto. Sua carta prova-o acima de qualquer possibilidade de dúvida.

Em tempo: achei linda a sua expressão "meus advogados". O senhor parece que tem muitos.

Quanto custam aos cofres públicos?

 
Atenciosamente,

Olavo de Carvalho

FONTE: http://www.midiasemmascara.org/artigos/direito/13230-jean-wyllys-ameaca-e-olavo-de-carvalho-responde.html

sexta-feira, 1 de março de 2013

Pessoas e porcos no fiel da balança por Ricardo Gondim


Era uma vez, um vilarejo bem pequeno chamado Gadara. Gadara encontrava-se na fronteira entre dois países. Bastava atravessar a rua e do outro lado falavam uma língua esquisita. A comida na outra margem era diferente. Pessoas iam e vinham sem qualquer embaraço. O trânsito só facilitava as trocas comerciais. Numa convivência cordial, crianças desse fim-de-mundo cresciam bilingues e transculturais.

Certo dia, Jesus de Nazaré decidiu visitar esse povoado. Tomou um barco e viajou o dia inteiro. Cruzou o lago empurrado por uma brisa despretensiosa. Jesus mal esperava que a visita se mostrasse tão tumultuada. Logo que aportou, um lunático, possesso por uma legião de bichos-ruins, veio ao seu encontro.

O cidadão anônimo se encontrava em um estado deplorável. Nunca se soube qualquer informação sobre os familiares. Imundo, vivia em cemitérios. Ninguém jamais perguntou sobre traumas e feridas da sua adolescência. Ele possuía alguma tara? Como não se questionou a má sina do miserável, perdurava uma silente acomodação diante de sua decadência.

Espalharam-se versões alarmantes de que fora dotado com uma força descomunal. E isso era coisa de demônio. Depois de preso, reaparecia solto. Comentava-se que ele conseguia rebentar algemas, correntes, grilhões. Meninos e meninas aterrorizados recontavam a história, exagerando a fama do “Monstro dos sepulcros”. Nas madrugadas, muitos juravam ouvir gritos terríveis. Outros testemunhavam tê-lo visto se cortando com pedras.

Nada do que alastravam era real. Na verdade, o gadareno queria ser livre. Nunca atacara ninguém. Quando se mutilava, buscava apenas sua vida de volta. Porém, desesperado e impotente, não conseguia encontrá-la. Os impulsos autodestrutivos não passavam de desespero. O triste indigente só tentava arrancar de dentro da alma a degradação que o condenara ao submundo.

Jesus não evitou o estado deplorável e assustador do gadareno. Antes, procurou confrontar os demônios que o possuíam. Depois de um breve diálogo, Jesus permitiu que a legião de demônios se transferisse para uma vara de porcos que pastava nas redondezas. Demônios não distinguem pessoas, não respeitam lugares, não conhecem fronteiras. O Nazareno consentiu porque desejava que o doido encontrasse paz. Aconteceu que os porcos não toleraram a invasão e em completa exacerbação, jogaram-se em um precipício.

Conta-se que os que cuidavam dos porcos fugiram, apavorados. Depois que a estória tomou conta do lugar, muita gente se apressou para verificar o acontecido. Surpresa absoluta! Os que ousaram ir, afirmam terem visto o homem, outrora possesso por uma completa legião de demônios, assentado, vestido e em perfeito juízo.

A notícia correu. De boca em boca se comentava o sucedido tanto ao gadareno como aos porcos. O povo de Gadara decidiu então expulsar Jesus. Poucos protestaram. E não teve jeito, diante da violência, o Nazareno viu-se obrigado a ir embora.

A narrativa contém peculiaridades estranhas. Enquanto forças satânicas destruíam um ser humano, ninguém tomou qualquer providência para resgatá-lo. O Rotary não mobilizou empresários ricos; padres, pastores e rabinos aquietaram as congregações com boas explicações teológicas; políticos prometeram ações concretas no próximo ano fiscal; ONG alguma se formou. Complacência e conformismo participaram na destruição do pobre mendigo, acorrentado a forças maiores do que ele.

Ironicamente, no instante em que o vilarejo constatou prejuízo financeiro veio o imperativo de expulsar Jesus. Entre a saúde de um proscrito e o equilíbrio econômico da região, a maioria achou melhor não arriscar. “Subversivo”, “Inimigo do povo”, “Fora com Jesus”, o povo gritou.

Antes de partir, porém, Jesus deixou uma lição. Naquela comunidade judaica gananciosa por riqueza, (cuja cultura proibia tocar, criar ou comercializar porcos) as pessoas amavam porcos mais do que pessoas.

Gadara permanece metáfora do mundo. Ainda se amam porcos mais do que mulheres e homens. Passou a parecer natural que um cavalo de raça valha bem mais do que uma criança liberiana; um ancião palestino não ter a mesma importância que um poodle texano; vacas leiteiras sejam protegidas com mais denodo do que meninas vendidas no tráfico internacional do sexo.

Enquanto religiosos vociferam entusiasmados sermões, enquanto políticos se revezam em debates inúteis sobre o futuro da humanidade, enquanto banqueiros multiplicam lucros, pobres morrem antes de serem restituídos à vida. Porém, o clamor do Nazareno insiste: quem reconhece a dignidade deles? A história segue, e Jesus de Nazaré continua atrapalhando: ele considera uma alma mais valiosa do que o mundo inteiro e as nações mantêm a mesma predileção pelos porcos.

Soli Deo Gloria
Autor: Ricardo Gondim

CULTO DE INAUGURAÇÃO DA ADBA (09/09/2023)

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