segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Revista Eclésia entrevista o Rev. Paulo Cesar Lima

1) Em seu livro Quebra de Maldição, o senhor chama tal prática de supersticiosa. Por quê?
Rev. Paulo Cesar Lima:
Muitos cristãos, estranha e absurdamente, têm vivido à margem da vida vitoriosa outorgada por Jesus Cristo, pelo fato de estarem admitindo em suas vidas maldições que o sacrifício de Jesus já cancelou de uma vez por todas (Cl 2.14, 15). Tem gente vivendo uma dramática história de dor, angústia e sofrimento, por achar que tudo o que lhe acontece é em função de um laço sanguíneo maldito con­­tra o qual não pode lutar e do qual não pode escapar. Eu conheço pessoas que, mesmo sendo cristãs, vivem a fatídica perspectiva de que estão sob maldição. Muitos outros vivem a síndrome de Sisifo, rolando a pedra da sua maldi­­ção imaginária dia após dia, subindo e descendo a montanha de sua existência miserável. Ainda há os que vivem de braços dados com a superstição: não deixam chinelo virado dentro de casa; têm medo de mau olhado, de pragas pronunciadas; não saem de casa nas sextas-feiras treze; não pulam fios e vigilham dia e noite por medo do diabo.


Olha aqui uma coisa: o Velho Testamento era mágico-supersticioso. Ou seja: algo incomum e por isso desafiador. Segundo alguns dicionários, superstição é sentimento religioso baseado no temor ou na ignorância, e que induz ao conhecimento de falsos deveres, ao receio de coisas fantásticas e à confiança em coisas ineficazes. É um apego exagerado e/ou infundado a qualquer coisa. Numa cultura assim, a prática de amaldiçoar é comum, conquanto inócua em termos espirituais. Os povos primitivos amaldiçoavam-se por tudo, porque estavam imbuídos da cultura do medo. Era um mundo de deuses e heróis. Há aqui uma grande lição a aprender: De acordo com as Escrituras, Deus não se preocupa com o que recebe a maldição, mas com aquele que amaldiçoa, porque resulta de um coração cheio de ódio. Agora, usar esse momento escuro da história e tentar reproduzi-lo na atualidade, no mínimo é desinformação e equívoco.


2) É bastante claro que grande parte daqueles que praticam quebra de maldições, especialmente hereditárias, tem pouca, senão nenhuma, base bíblica. Apesar disso, no exercício prático, conseguem, ao menos aparentemente, impressionantes libertações. E as pessoas costumam testemunhar mudanças reais. Em outras palavras: o negócio funciona. Como explicar isso?
Rev. Paulo Cesar Lima:
Você está dizendo. Mas eu não diria isso por várias razões. Primeiro, porque a gente não vê uma pessoa liberta de verdade por “quebra de maldições”. Isso não existe! O que se vê, na maioria esmagadora dos casos onde acontece essa aparente libertação, é o desenvolvimento de uma neurose psíquica de interpretar atos naturais como algo supraterreno. Os que são impressionados pela “impressionante” libertação por “quebra de maldição” tornarão a vida cristã uma permanente diabo/mania. Deixarão de adorar a Deus para se preocupar com os atos do diabo. Segundo, porque a Bíblia – ensinamento de Jesus – diz que a nossa libertação é progressiva, pois, à medida que vamos conhecendo a verdade, a liberdade advinda de Cristo vai se estabelecendo em nossas vidas: “Conhecereis a verdade e a verdade vos libertará” (João 8.32). Terceiro, porque essa prática torna a vida cristã uma simplificação, com a ausência de comprometimento com as virtudes que devem ser cultivadas, desenvolvidas por todos nós cristãos. A razão por que eu digo isso é muito simples: os fins não justificam os meios.


3) Em sua opinião, qual o grande equívoco daqueles que ensinam quebra de maldições?
Rev. Paulo Cesar Lima:
Está na forma infantil de interpretar os textos da Bíblia sobre o assunto. O que eu vejo é um desencontro entre o que eles acreditam e o que a Bíblia realmente fala sobre o tema.


Conquanto o ensino sobre maldição hereditária tenha tido repercussões fora do comum no meio evangélico e se tornado tema de vasta literatura, as evidências bíblicas se exacerbam diante de nós, provando-nos totalmente o contrário.


Eu gostaria, primeiramente e por descargo de consciência, de citar os dois textos bíblicos mais utilizados para respaldar a tão badalada ideia de maldição hereditária, que vem criando expectativas inexistentes e irresponsáveis nas pessoas.


O primeiro texto encontra-se em Levítico 19.31; 20.6:

"Não vos voltareis para os que têm espíritos familiares, para serdes contaminados por eles. Eu sou o Senhor. E a alma que se voltar para os espíritos familiares, eu me voltarei contra ela, e a eliminarei do meio do meu povo" (Lv 19.31; 20.6).


O erro cometido pela versão inglesa King James (ou do Rei Tiago) que usa as palavras “espíritos familiares” em lugar de “os que consultam os mortos (necromantes) nem para os feiticeiros”, dá imaginação aos intérpretes da maldição hereditária para fazerem a Bíblia dizer o que ela nunca disse. No entanto, Levítico não está falando de “espíritos familiares” que passam, por exemplo, de um avô para um neto, mas sim da adivinhação, da consulta aos mortos e da feitiçaria, que são práticas abomináveis a Deus. O cap. 19 v. 31 fala tão-somente de algumas leis já proferidas e que agora ganham forma de reiteração divina, para que o povo não se contamine com as abominações das outras nações ao seu redor, porque Deus os chamou para serem diferentes dos outros povos, em termos de vida, atitudes e comportamentos. Por outro lado, Levítico 20.6 salienta a questão das diversas penas que Deus instituiu para punir os que, porventura, desobedecem aos seus mandamentos.


O segundo texto-prova dos adeptos da maldição hereditária é Êxodo 20.5,6:
“Não te encurvarás a elas nem as servirás; porque eu, o Senhor, teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a maldade dos pais nos filhos até à terceira e quarta geração daqueles que me aborrecem e faço misericórdia em milhares aos que me amam e guardam os meus mandamentos”.


Nota-se que o texto em tela serve de antítese à teoria da maldição hereditária. Analisemos:
Em primeiríssimo lugar, Êxodo 20.5,6 não está falando em transferência congênita, mas sim da realidade do juízo divino, ou seja, sempre que houver necessidade de juízo, haverá juízo. Assim como a misericórdia de Deus sempre se manifestará na vida dos fieis.


O texto supra está asseverando, categórica e determinantemente, que o agente punidor da transgressão da Lei é o próprio Deus, que julga aqueles que praticam atos abomináveis, e não algo que passa de geração a geração como um tipo de encantamento.


O texto também deixa muito claro que o juízo de Deus só cai sobre os transgressores da Lei, mas enquanto eles forem transgressores, pois, ao deixarem de sê-lo – o que só é possível através de expiação do sangue de Jesus –, deixam de estar sob a punição de Deus. Logo, deixam de ser amaldiçoados, como está escrito em Romanos 8.1: “Portanto, agora, nenhuma condenação [maldição, punição, juízo] há para os que estão em Cristo Jesus”.


A maldição a que o texto se refere trata-se do juízo moral previsto na Lei sobre os desobedientes, enquanto desobedientes. O texto não está aludindo absolutamente à maldição congênita, mas ao fato de que a desobediência impertinente, persistente e incontinente é sempre razão para o juízo de Deus, apareça ela onde aparecer e em qualquer geração. Assim como a obediência será sempre motivo para a misericórdia de Deus se manifestar. Até porque não podemos nos esquecer do princípio bíblico de que sob a Lei todos os homens estão condenados, mas sob a Graça todos podem ser salvos.


Finalmente, o texto de Êxodo não associa o juízo de Deus à possessão demoníaca, embora tenhamos a absoluta consciência de que isso eventualmente possa até acontecer na vida de quem vive em desobediência. Mas ela não tem nada a ver com possessão demoníaca. Pelo contrário, fala do juízo de Deus previsto na Lei sobre os desobedientes.


Ora, convenhamos, se a maldição a que o texto se refere trata-se do juízo sobre aqueles que transgridem a Lei, pergunto: de que forma uma oração de desligamento pode cancelar uma maldição divina? Mais: como uma regressão pode livrar uma pessoa que está debaixo de juízo da lei de Deus?


A conclusão é simples: essa prática, com base na Palavra de Deus, é pura temeridade e inconsequência de quem a ensina. Além disso, a Bíblia também afirma que Deus não condena o filho por causa do erro do pai nem vice-versa. Assim pontifica o profeta:

“Mas dizeis: Por que não levará o filho a maldade do pai? Porque o filho fez juízo e justiça, e guardou todos os meus estatutos, e os praticou, por isso, certamente viverá. A alma que pecar, essa morrerá; o filho não levará a maldade do pai, nem o pai levará a maldade do filho; a justiça do justo ficará sobre ele” (Ez 18.19,20).


4) O senhor também diz em seu livro que há muita confusão entre o humano e o espiritual. Como assim?
Rev. Paulo Cesar Lima:
Eu digo isso no meu livro porque os adeptos da maldição hereditária espiritualizam tudo. Não conseguem separar o que é espiritual de fenômenos naturais. Isso é paranóia. Veja bem. Os advogados da maldição hereditária admitem que uma enfermidade congênita resulte de um vínculo de maldição. Mas se você ler a Bíblia, no v. 5, encontrará o seguinte: “... até a terceira e quarta geração daqueles que me odei­­am”; esta passagem bíblica não se refere a ne­­tos e trinetos. O sentido, como já disse alhures, é de continuidade da ira, da sua durabilidade, e não de sua extensão bio­­lógica. Em contrapartida no v. 6 lemos que a misericórdia divina é para com milhares. Milhares aqui também não é uma figura matemá­­tica, mas designa a exten­são ilimita­­da do amor de Deus. Explico:


O texto em tela não se refere à suposta contaminação biológica apregoada por alguns. Mas está mencionando apenas a extensão da ira divina, que pune o pecado sempre que ele se apresente. A mesma regra hermenêutica aplica-se à expressão “com milhares” do v. 6; isto por dois mo­­tivos básicos. Primeiro, porque se aceitarmos a teoria da contaminação espiri­­tual, temos que aceitar também a da sal­­vação espiritual; logo, teríamos que admi­­tir que todo filho nascido de pais santos, é santo também, e todo filho nasci­­do de pais ímpios, é ím­pio; o que, à luz da Bíblia, é inconcebível. Segundo, porque a maldição origina-se de uma sentença prevista na lei de Deus; não acontece por prossecução bio­­lógica. Assim como o caso das doenças comprovadamente congênitas não é um problema ético-espi­­ritual, mas sim genético-biológico. Algo total­­mente diferente.


5) O que o motivou a escrever o livro? Teve alguma experiência negativa com o assunto?
Rev. Paulo Cesar Lima:
O primeiro tema sugerido por mim, antes de “Quebra de maldição – uma prática supersticiosa?”, foi “Maldição não pega!” A razão para uma assertiva tão vigorosa era chocar o mundo evangélico que vinha trocando a mensagem de esperança da Bíblia por uma visão supersticiosa. O outro motivo foi combater o opúsculo “bênção e maldição” que, baseado em “experiências isoladas” – aliás, as mais estranhas – tentava persuadir a turba multa evangélica a viver a cultura do medo e do terror. Antes de lançar o meu livro vi coisas dantescas acontecendo nos arraiais pentecostais. Tudo isso me levou a escrever sobre o tema.


6) Falando nisso, o senhor deve conhecer muitos casos de pessoas que se machucaram com essa história de quebra de maldições. Há algum que o tenha impressionado mais? Pode contar com detalhes?
Rev. Paulo Cesar Lima:
Como eu disse acima, vi coisas patológicas acontecerem no meio evangélico. Como Pastor de igreja, pela mercê de Deus, vi alguns casos chocantes. Vi pastores amaldiçoando membros de púlpito. Vi membros amaldiçoando pastores em igrejas. Vi pessoas desenterrando cabeça de jumento para quebrar supostas maldições; vi pastores exumar nomes dos primeiros membros da igreja local a fim de quebrar a maldição que imaginava haver na comunidade. Mas o que mais me impressionou, dentre tantos fatos dantescos que eu vi, foi o caso de uma senhora que chegou a igreja numa tarde com um problema grave: ela não podia fechar os olhos que via um “machado” (cutelo, segundo ela) vindo na direção do seu pescoço. Ela se sentia tão amaldiçoada e pecadora que não conseguia ouvir nada acerca do amor de Deus. A primeira leitura bíblica que fiz para ela foi Romanos 8.1: “Nenhuma condenação (juízo, punição) há para os que estão em Cristo Jesus...”.


7) O senhor pode indicar pessoas que tenham se decepcionado com o assunto e hoje estão livres dessa crença para que possamos entrevistá-las e pegarmos o testemunho delas?
Rev. Paulo Cesar Lima:
Sim. Temos muitas pessoas que podem ser entrevistadas por terem vivido a cultura da punição.


8) Na Bíblia encontramos tanto bênçãos quanto maldições. É possível que algo nessa história seja verdadeiro, mas há uma radicalização tomando conta de quem adota quebra das maldições?


O que precisamos entender, antes de qualquer coisa, é que ninguém nasce sob a influência de uma maldição hereditária. Isso é anátema! Observe o texto de onde partem os escritores desta equivocada teoria: “... porque eu, o Senhor teu Deus, sou Deus zeloso, que visito a iniquidade dos pais nos filhos sobre a terceira e quarta gera­­ção daqueles que me odeiam, e uso de misericórdia com milhares dos que me amam e guardam os meus mandamentos” (Êx 20.5,6).


Dá para notar que o texto-funda­­mento dos pregadores de maldição hereditária e sobre o qual se baseiam é o mesmo texto que desautoriza a sua teoria.


9) Até que ponto crenças como maldições hereditárias, cura interior até com regressão, batalha espiritual e outras têm afetado a igreja brasileira, especialmente a pentecostal? O senhor vê o futuro com esperança ou preocupação?
Rev. Paulo Cesar Lima:
Esses modismos eu os vejo como fenômenos religiosos que de quando em quando aparecem, ficam um tempo – fazem o seu estrago – e depois desaparecem, mas sempre deixam seus resquícios danosos.


Nos últimos anos, as igrejas brasileiras foram invadidas por uma literatura repleta de senões teológicos, porém muito convincente. E, como nós estamos numa época em que a maioria das pessoas não pensa e por isso mesmo não quer saber de onde é o “santo” e quem ele é, mas deseja apenas o milagre que ele faz, essas “novas descobertas teológicas” foram bem aceitas em nosso meio, sem discussão. Uma delas foi a “a maldição hereditária”, seguida de “as palavras têm poder”, desembocando na glamorosa “quebra de maldição”. A proposta da maioria dos livros de “quebra de maldição” é de fato irrecusável. Portanto, continuo asseverando que o maior problema do povo de Deus é a falta de conhecimento bíblico. “O meu povo está sendo destruído, porque lhe falta conhecimento”, deblaterava Oséias.


Ainda que sejam abomináveis em seu conteúdo, o nosso maior problema não são “as novas teologias” que invadiram os ares das igrejas brasileiras, mas sim a cultura do imediatismo que persiste entre nós, alimentando-se continuamente dos novos modismos. Todavia, se conseguirmos destruir o monstro feroz de mil cabeças – a ignorância bíblica – que sobrevive da nossa irracionalidade, será fácil rejeitar tudo o que for contrário aos valores reais da vida cristã.


É no mínimo irracional, para não dizer catastrófico, aceitar, por exemplo, que a “maldição” consiste em palavras carregadas de autoridade ou de um poder sobrenatural, que fazem as coisas acontecerem, e cujas tendências passem de geração a geração, seja para o bem, seja para o mal. Algumas pessoas definem maldição como autorização dada ao diabo por alguém, para causar dano à vida do amaldiçoado.


Definições estapafúrdias e equivocadas como essas não podem gerar outra coisa senão um povo de comportamento amedrontado, esquizofrenizado, e de tendências patológicas acentuadas. Primeiro, porque quando se admite que uma palavra tenha em si mesma potencialidades definitivas para fazer criar o bem ou o mal, admite-se também que qualquer um tem a possibilidade de criar e fazer maldades e bondades sem limites, apenas jogando expressões de grandeza ou execrando alguém. Segundo, porque essas definições precárias dão à bênção e à maldição poderes autônomos de se concretizarem nas vidas das pessoas. Terceiro, porque traz a desastrosa tendência de se pensar que para abençoar é só proferir palavras de grandeza sobre alguém, e amaldiçoar significa fazer apenas o inverso.


Isso mostra que qualquer ser humano tem poderes ilimitados para amaldiçoar e para abençoar, o que é um grande disparate teológico. Além do mais, não se abençoa alguém apenas com palavras de otimismo e bondade. Abençoa-se uma pessoa ensinando-lhe um viver mais próximo do Senhor. Também não se amaldiçoa com execração, mas levando as pessoas a rejeitarem a Deus, fonte de bênção. Quarto, porque na Bíblia não há preocupação de Deus com o que amaldiçoa. A razão é muito simples: as palavras de maldição sempre originam-se de um coração azedo, amargurado, perverso, cheio de ódio. De sorte que a preocupação de Deus é sempre no sentido de livrar o que amaldiçoa e não o amaldiçoado; isto porque, do ponto de vista divino, nenhuma maldição verbalizada, vindo de quem vier, pega. Além do que, Jesus, no Novo Testamento, nos manda amar nossos inimigos e orar pelos que nos perseguem (Mt 5.44), fechando, assim, o cerco a todo sentimento colérico que origina a maldição verbalizada.


O que está realmente acontecendo com este assunto é que se está confundindo juízo (maldição) de Deus, que já foi cancelado pela morte expiatória de Jesus Cristo no Calvário, com fetiches humanos resultantes de superstição – o que é bem diferente. À luz da Bíblia, a melhor definição para a palavra maldição é uma sentença que vem da quebra da lei moral de Deus. O que está escrito em Êxodo 20.5,6 é o juízo previsto na Lei para os desobedientes, enquanto permanecerem, na desobediência. O leitor precisa saber que toda maldição, prevista na Lei de Moisés, foi cancelada de uma vez por todas por Jesus Cristo, que se fez maldição em nosso lugar (Rm 8.1; Gl 3.13,14)








Grifo meu:




Tenho o privilégio de ter o Rev. Paulo Cesar Lima como meu amigo pessoal, meu mestre, meu conselheiro, um grande pai pra mim. Sem sombra de dúvidas é um escritor nato, ele é um dos maiores teólogos do Brasil hoje, é uma pena que por motivos políticos e por pensar diferente em alguns aspectos aquilo que a "instituição" defende ele não tem sido convidado para dar palestras, simpósios e até escrever revistas da EBD pela CPAD.






domingo, 27 de novembro de 2011

Tatuagem é coisa Satânica, diz Edir Macedo. Silas Malafaia discorda




Em um texto publicado em seu blog no dia 25 de novembro o bispo Edir Macedo condena tatuagens e diz que elas ferem princípios bíblicos. Em seu discurso ele lembra que a prática de fazer figuras foi desenvolvida por povos pagãos e que a inspiração para elas “foi e é satânica”.


O líder da Igreja Universal do Reino de Deus ainda citou o texto de Números 33 versículos 51 e 52 onde Deus diz que é para destruir as pedras com figuras. ” Ora, se Deus mandou destruir as pedras com figuras, por que Ele permitiria que figuras pudessem ser gravadas no corpo humano, que é o templo do Seu Espírito?”, questiona Macedo.


Sua posição a respeito de tatuagem fica mais clara no final do texto: “A meu ver, tatuar é querer parecer com os filhos de Baal. Os filhos de Deus não devem jamais querer imitá-los, mesmo que isso contrarie as regras deste mundo podre.”


Malafaia diz que não é errado


Em um episódio do programa Verdade Gospel, o pastor Silas Malafaia respondeu a um internauta que questionou se piercings e tatuagens são condenados pela Bíblia.


Ao contrário do líder da IURD, Malafaia diz que não há porque usar o Velho Testamento como regra para o Novo. “Eu aprendi um princípio que Paulo cita duas vezes em suas cartas: Tudo me é licito mais nem tudo me convém”.


Para o líder assembleiano não há respaldo bíblico para condenar tatuagens e piercings. “Isso é costume social”, diz ele que fala que acredita que as pessoas condenam a prática por não gostarem delas e não por terem base bíblica para dizer que é pecado usá-las.






domingo, 20 de novembro de 2011

Reportagem do Programa Domingo Espetacular Preocupa Setores da Record

Para jornalistas, rede feriu um dos princípios básicos do jornalismo: ouvir os dois lados

O uso do jornalismo da Record para defender interesses da Igreja Universal do Reino de Deus é visto com preocupação por setores laicos da emissora. A reportagem especial do Domingo Espetacular, do último fim de semana, sobre "cair no Espírito", segue rendendo.


A matéria de 40 minutos do jornalístico questionou uma prática muito comum em igrejas evangélicas neopentencostais e igrejas católicas carismáticas. No "cair no Espírito", um líder religioso impõe as mãos sobre os fiéis, que caem desacordados no chão.

A reportagem da Record questionou a veracidade do ato e através do criador do movimento insinuou que o "cai cai" - apelido sarcástico usado pelos repórteres da emissora durante a matéria - seria na verdade uma influência do diabo.

Nos últimos dias, foi possível ver em redes sociais milhares de comentários indignados com o intuito da reportagem especial. Para os internautas, o desrespeito à fé dos praticantes do "cair no Espírito" e a parcialidade da reportagem abalaram a credibilidade do jornalismo do canal.

Para jornalistas, a Record feriu um dos princípios básicos do jornalismo: ouvir os dois lados da história. Em nenhum momento da reportagem foi visto uma declaração da família Valadão - líderes da Igreja Batista ou de outra igreja que aceita tal prática.

Na última segunda (14), o pastor Silas Malafaia, da Igreja Vitória em Cristo, divulgou um vídeo na internet em que criticou ostensivamente a emissora de Edir Macedo. Para o pastor, a Record vem sendo utilizada para atacar igrejas evangélicas ao invés de cumprir os propósitos pelos quais foi comprada por Edir Macedo: divulgar a mensagem cristã.

Em tempo
Além da repercussão da reportagem especial, a Record viu os índices de seu principal noticiário caírem. O Jornal da Record fechou o mês de outubro com média de apenas 6,7 pontos. Em janeiro, a média era de 8,3. Para tentar estancar a queda de audiência, a emissora alterou o horário do Jornal da Record diversas vezes ao longo do ano. Atualmente, o noticiário é exibido às 20h30, mas já passou por 19h45, 20h e 19h40.


quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Terceira Via na CGADB Inaugura Blog

Após a repercussão da proposta da Terceira Via na CGADB, não só nas redes sociais, mas também entre centenas de pastores filiados à instituição, um novo passo foi dado para ajudar na propagação da ideia por todo o país: a criação de um blog, que passou a fazer parte da blogosfera no dia 15 de novembro e pode ser conectado através do seguinte endereço: http://www.terceiraviacgadb.com.br/


Segundo o pastor Geremias do Couto, que tem sido um dos principais motivadores da ideia, com a chegada de novos companheiros, aliada à proporção que a proposta alcançou, era necessário criar um espaço formal para galgar mais uma etapa neste processo de aglutinação das lideranças pastorais que compreendem a necessidade se ter uma nova opção para a presidência da CGADB, além dos nomes já conhecidos e polarizados.


A criação do novo blog teve a colaboração de várias pessoas, que também participaram da campanha pela unidade nas comemorações do Centenário, entre eles o pastor Daladier Lima, de Pernambuco, que será um dos moderadores, e o irmão Elian Soares, de Sergipe, que formatou o “template” e criou a logo para dar uma identidade visual à proposta.


Em sua página de apresentação, o blog se propõe a ser um espaço aberto para discutir a proposta da Terceira Via, ouvir as sugestões e permitir até mesmo o contraditório para que todos tenham a noção clara do que se pretende com essa nova opção para a CGADB. Diversas iniciativas estão previstas, na página inicial, além das seguintes janelas: O Projeto, Propostas, Entrevistas e Movimento de Oração.


Segundo os responsáveis, o Movimento de Oração é a prioridade das prioridades nesta fase. Ele terá como propósito - afirmam - permitir que as pessoas se inscrevam e, com isso, a Terceira Via na CGADB, a proópria instituição e todos os procedimentos previstos até a Assembleia Geral Ordinária, em 2013, estejam cobertos pela oração de milhares de intercessores em todo o pais.

Fonte: www.geremiasdocouto.blogspot.com






segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Pastores Comentam a Reportagem do Domingo Espetacular sobre "Cair no Espírito"

Pastores Marco Feliciano e Ciro Zibordi e a psicologa Marisa Lobo comentam a polêmica "Cair no Espírito"

“A Universal está em decadência”, diz pastor Marco Feliciano em entrevista exclusiva. “Admirava o Macedo, até acreditava na sua fé”.

O programa deu continuidade a um ataque do bispo contra o Movimento Pentecostal no Brasil. Edir Macedo havia criticado os movimentos pentecostais no dia 8 de setembro, quando publicou em seu blog vídeos em que faz comparações das manifestações pentecostais a Centros Espíritas.

A reportagem da Record gerou indignação de muitos evangélicos. Pastores, cantores, professores de teologia e mesmo não evangélicos criticaram a transmissão da Record por abordar um tema religioso.

O pastor Renato Vargens, da Igreja Cristã da Aliança, fez comparações entre os ritos da igreja Universal e as práticas na igreja Católica. Ele ainda comentou que “rejeita o cai-cai como prática pentecostal, mas não reconheço o bispo Macedo como autoridade espiritual, moral e ética para o que fez”, comentou o pastor Vagens.

Para o pastor Ciro Sanches Zibordi, autor de “Erros que os pregadores devem evitar”, os argumentos bíblicos utilizados para defender o ‘Cair no Espírito’, são argumentos irracionais, fora do contexto bíblico. Mas o pastor Ciro diz que “não se pode limitar o poder de Deus, claro que ele pode derrubar uma pessoa, mas isso não pode ser uma condição para a manifestação do Espírito Santo”.

Sobre a reportagem da Rede Record, o pastor Ciro disse que a igreja Universal não pode criticar os pentecostais, pois não segue a Bíblia e está totalmente errada em suas argumentações.

O correspondente Michael Caceres entrevistou o pastor Marco Feliciano e a psicóloga Marisa Lobo. Para o pastor Marco Feliciano “A rede Record está desesperada por audiência e a igreja Universal por membros” comentou o pastor. “Eles estão em decadência”.

“A IURD vive um tempo de decadência. Eles ganham almas, mas não são hospital, são pronto socorro. Após se converterem lá as pessoas vem para o Pentecostalismo, que tem uma resposta carismática com devoção bíblica e crença no sobrenatural, disse Marco Feliciano.

Leia a entrevista com o pastor Marco Feliciano na integra:

Michael Caceres – O senhor assistiu a reportagem?

Marco Feliciano – Não. Ainda não assisti, mas sei que foi semelhante ao que o Edir publicou no blog. Eu respondi a crítica dele em um vídeo.

Michael Caceres – Eles voltaram a mostrar aquele episódio dos Gideões, em que o senhor está pregando. Disseram que tinha um homem no púlpito que ficou assustado com a cena. O senhor acha que o bispo Edir Macedo está tentando ridiculariza-lo?

Marco Feliciano – No vídeo eu não faço nada. É o moço que sai rodando. Eu já respondi ao Edir Macedo quando recebi o vídeo que ele me enviou do blog. Vou ser mais pragmático. Ele Não quer só ridicularizar ele quer criar duvida na mente do povo simples e humilde.

Michael Caceres – Já debateu pessoalmente com o Macedo? Qual sua posição quanto ao líder da Universal?

Marco Feliciano – Nunca até porque eu sempre o admirei. Creio na fé que ele prega, que Deus atende sacrifícios. Mas agora estou com ojeriza, repulsa, nojo mesmo. Pois ele fere uma multidão de pessoas que oraram por ele e contribuíram para comprar essa emissora que agora presta esse desserviço a fé brasileira.

Michael Caceres – Eles usaram a “Teologia de Toronto” pra tentar ter base para as críticas ao Movimento Pentecostal, fizeram até uma entrevista com o fundador. Acredita que o povo está vendo esta tentativa do Edir em ridicularizar o pentecoste?

Marco Feliciano – E a teologia mística e sincrética deles? Catolicismo com água benta, umbanda com sal grosso? O q esperar de um líder que aprova o aborto, fala publicamente que bebe socialmente e agora chama de demônio uma obra feita pelo Espirito? Vou orar por ele, ficou cego!

Já para a psicóloga Marisa Lobo, apesar da “histeria coletiva apresentada na reportagem da Record, o corpo se não tiver subordinado ao Espírito, de qualquer forma haverá apenas uma emoção, sem nada de espiritual”, comentou a psicóloga.

Leia trechos da entrevista:

Michael Caceres – Doutora Marisa, a senhor foi uma das primeiras a criticar a Record logo que passou a transmissão da reportagem. Para a senhora é possível uma pessoa ser induzida a um estado de transe a ponto de perder o controle do corpo por conta da emoção?

Marisa Lobo – A forma como alguns pastores, muitas vezes usam e mexem com o emocional das massas, gera uma catarse, e pode sim promover uma histeria coletiva. Isso se dá de diversas formas por causa de sentimentos, personalidades, principalmente em mulheres. Temos que ter cuidado para saber discernir o que pode ser apelação daquilo que é realmente espiritual.

Muitas manifestações são extremamente atrais, e isso é um fato, a responsabilidade disso é nossa também, pois esperamos coisas de Deus que não são bíblicas. A verdadeira revelação de Deus está na Palavra. Se lêssemos à Bíblia, como a carregamos, saberíamos discernir se estas manifestações são teatrais ou se são espirituais.

Michael Caceres – Então a senhora acredita que pode haver manifestação espiritual e sugestão psicológica?

Marisa Lobo – Alguns pastores sabem bem como promover, alimentar esse descontrole emocional, e como causar a sugestão psicológica, que é uma manifestação, e não unção de Deus. Como também existe o manifestar do Espírito Santo, mas ainda assim, sujeito a subordinação do corpo.

Michael Caceres – Então existem exageros? Pode haver uma sugestão psicológica e não o manifestar do Espírito Santo?

Marisa Lobo – Nenhum pastor pentecostal sensato concorda com os exageros e não deixam de manifestar sua indignação, principalmente os pentecostais, sabem que existem sim, os aproveitadores e lutam e repudiam, não são alienados. Como psicóloga eu tenho que reconhecer que existem os dois lados e que estas manifestações devem ser profundamente avaliadas.

Fonte: www.gospelprime.com.br

Nem diz que não vai para o Inferno

Em uma entrevista concedida para a jornalista Ruth de Aquino, da Revista Época, Antônio Francisco Bonfim Lopes, mais conhecido como Nem, falou que tem uma forte ligação com Deus, que lê a Bíblia todos os dias e que sabe que não irá para o inferno.


Nem era o traficante mais procurado pela Polícia carioca, há pelo menos seis anos eles estavam tentando capturá-lo até que na madrugada da última quinta-feira, 10, ele foi preso em uma operação na Rocinha.

A entrevista foi concedida no dia 4 de novembro, mas só foi divulgada na sexta-feira, e revela a personalidade oposta ao que todos esperam de um traficante de drogas. Suas crenças também entraram na pauta e ele surpreendeu a jornalista ao falar que tem ligação com Deus.

“Não vou para o inferno”, acredita ele dizendo que sempre lê a Bíblia e que tenta impedir que garotos entrem para o crime. “Faço cultos na minha casa, chamo pastores. Mas não tenho ligação com nenhuma igreja. Minha ligação é com Deus”, diz ele.

Nem conta para a Ruth Aquino que aprendeu a rezar quando era criança, que foi seu pai quem o ensinou. “Aprendi a rezar criancinha, com meu pai. Mas só de uns sete anos para cá comecei a entender melhor os crentes. Acho que Deus tem algum plano para mim. Ele vai abrir alguma porta”.

Quem intermediou a entrevista foi justamente um pastor, que não teve o nome revelado. A jornalista narra que assim que chegou ao encontro o traficante conversou com o pastor a respeito de um usuário de drogas que ele mesmo encaminhou para receber tratamento na igreja.

“Pegou ele pastor? Não pode desistir. A igreja não pode desistir nunca de recuperar alguém. Caraca, ele estava limpo, sem droga, tinha encontrado um emprego… me fala depois”, disse ele ao pastor sobre um garoto de 22 anos que se viciou em drogas.

Nem tem 37 anos e entrou no mundo do crime depois que sua filha (ele tem sete filhos, dois são adotivos) ficou muito doente. “Ela tinha 10 meses e uma doença raríssima, precisava colocar cateter, um troço caro, e o Lulu (ex-chefe) me emprestou o dinheiro. Mas prefiro dizer que entrei no tráfico porque entrei. E não compensa”, disse.


Leia a reportagem pelo link: revistaepoca.globo.com

domingo, 13 de novembro de 2011

Hoje, Dia Internacional de Oração Pela Igreja Perseguida


Domingo, dia 13, é o Dia Internacional de Oração pela Igreja Perseguida, a data sugere intercessão pelos países onde o cristianismo é discriminado. Conhecido como IDOP o dia é lembrado por cristãos do mundo todo que separam um momento para orar pelos irmãos em Cristo que são perseguidos por sua fé.

Para auxiliar os intercessores, a Liga Bíblica disponibilizou em seu site um guia de oração desenvolvido a pedido de seus parceiros que sugerem temas específicos sobre como orar por essas pessoas que todos os dias sofrem prisão, abuso, hostilidade e até mesmo são mortas por crerem em Jesus Cristo.

Estudos mostram que mais de 70% da população mundial vivem em áreas de grave discriminação religiosa, muitos os mais de 55 países nos quais a Liga Bíblica realiza obra missionária em todo o mundo estão incluídos nesse número, dando ao Ministério uma perspectiva em primeira mão sobre o que esses crentes suportam.

Missionários que estão nessas áreas testificam que se sentem mais encorajados e fortalecidos quando recebem a informação de que estão intercedendo por eles. Muitos até testemunhos grandes coisas quando milhares de cristãos se juntam para orar como acontecerá no próximo domingo.

Com informações CPADNews

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