Na Inglaterra os estudiosos preocuparam-se com o texto bíblico e sua interpretação. Na América do Norte, com exceção dos proponentes do Evangelho Social, a maioria dos teólogos tradicional e à defesa desta contra as criticas que surgiram na Alemanha. O país que dominou a teologia no séc. XIX foi a Alemanha (que também dominou no séc. XX).
No espírito de Orígenes, no terceiro século, estes teólogos dedicaram-se à tarefa de adaptar a revelação bíblica ao “homem moderno”. Segundo eles, a Bíblia, para ser aproveitada pelo homem do séc. XIX devia ser adaptada.
Certo, sentiram a necessidade de adaptar a Bíblia. Perceberam que havia um abismo entre o mundo da Bíblia e o homem moderno; lançar uma ponte sobre este abismo.
Não era desejo ignóbil de sua parte: queriam que a revelação fosse relevante para contemporâneos.
É interessante notar o que sua teologia tem em comum tanto com o iluminismo como com o pietismo: o ponto de partida de todos os três é o homem! A teologia alemã do séc. XIX compartilha o mesmo ponto de partida como o iluminismo e o pietismo.
Esta teologia, como a Igreja tem feito muitas vezes, ao lado da Palavra, colocou a autoridade humana. Como o iluminismo e o pietismo, a teologia do séc.XIX tem como autoridade básica, quer dizer: como ponto de partida o homem.
Alguns destes teólogos pretenderam explicar a fé cristã como produto do espírito humano; outros só queriam provar uma semelhança parcial entre aquela e este.
Uns destacam os sentimentos, outros a razão e ainda outros as necessidades morais do homem. Mas de qualquer maneira, o ponto de partida para todos era o homem.
Em vez de basear-se na Palavra, a teologia do séc. XIX compartihou com o iluminismo e o pietismo o mesmo ponto de partida.
Foi Frederico Schleiermacher (1768-1834) que deu seu tema à teologia do século passado e influencia toda a teologia subseqüente. Reagindo contra o racionalismo, o moralismo e a especulação na teologia, Schleiermacher baseou a religião nos sentimentos.
Para ele a religião “não é um conhecer nem um fazer mas uma intuição, um sentimento”, “um desejo ardente pelo infinito”, “um sentimento de dependência absoluta”. O pecado, então, consiste em não estar sempre consciente disso. Nos seus Discursos Sobre a Religião para os desdenhadores Cultos (1799) e na sua A Fé Cristã segundo os Princípios da Igreja Evangélica (1821), a religião era baseada por Schleiermacher nos sentimentos do homem.
A pessoa de Cristo destaca-se na sua teologia: Cristo foi o único homem no qual este sentimento se desenvolveu perfeitamente. Sua obra continua no (santo) espírito da Sua Igreja. Cristo é importante porque foram perfeitamente desenvolvidos seus sentimentos religiosos.
Cristo salva os crentes por incluí-los no poder da Sua consciência de Deus (o romantismo da primeira metade do séc.XIX). A história da salvação e a bíblia não tem valor objetivo.
Um segundo grupo de teólogos tentou basear a fé cristã na razão. Preocupou-se em dar uma explicação racional do fato de que a Igreja se ergueu em redor , dum mestre judaico chamado Jesus, a quem seus discípulos cultuaram como Deus.
O teólogo mais importante desse segundo grupo foi Fernando Cristiano Baur (1792 – 1860). Ele foi o líder do que se chama a “Escola de Tubingen”. A escola de Tubingen foi muito influenciada pelo filósofo Hegel.
Graça e paz
ResponderExcluirPr.Flávio Constantino,Que Deus continue lhe abençoando juntamente com sua família.Tenho acompanhando seu blog,o qual tem sido benção,pela exposição dos ensinos,de maneira pertinente e necessária em nossos dias.
Em Cristo
Cláudia Mariz
http://saronperfume.blogspot.com
Querida irmã Mariz,
ResponderExcluirA paz do Senhor,
Fico imensamente feliz pela sua honrosa visita.
Um grande abraço,
No Amor de Cristo,
Pastor Flavio Ferreira Constantino.