Por concordar plenamente com o artigo postado pelo nobre Pastor Geremias do Couto em seu blog, reproduzo aqui o seu artigo.
Há alguns meses prometi lançar uma campanha nacional neste blog. Reconheço que demorei bastante. São as muitas ocupações. Mas aí está. É uma proposta simples para que as igrejas, independente de sua filiação denominacional ou autonomia, suspendam certas práticas durante pelo menos um ano e depois parem para avaliar em que elas melhoraram, onde progrediram, ou se, ao contrário, houve algum retrocesso. Acho a última hipótese improvável, mas é um direito que cada igreja tem de fazer a própria avaliação. Caso o progresso seja percebido, aconselho que a suspensão seja mantida, pois o Reino de Deus só terá a ganhar.
Se você concordar com os termos abaixo, fique à vontade para reproduzir em seu blog (citada a fonte), afixar no mural de sua igreja, caso seja o pastor, ou encaminhar aos seus líderes para que eles tomem conhecimento e avaliem se vale ou não a pena aderir à campanha.
Às propostas:
1. Deixe de promover eventos festivos um atrás do outro, que acarretam enormes despesas à igreja e pouco resultado trazem à vida espiritual dos crentes e à evangelização, mas não abra mão dos cultos "normais", onde todos podem ser edificados mutuamente. Aqui a comunhão pode ser experimentada em sua dimensão mais profunda.
2. Pare de criar nomenclaturas para definir um culto do outro, como, por exemplo, "culto da vitória", "culto de libertação", "culto de avivamento", "culto da virada" etc., pois culto se presta a Deus de acordo com os elementos descritos no Novo Testamento, e todos eles, quando prestados de fato ao Senhor, cumprem todas as finalidades bíblicas.
3. Reprograme as atividades extra-cultos em sua igreja, entre elas os ensaios dos diferentes departamentos musicais, para não correr o risco de um ativismo improdutivo e ter os horários de tal maneira ocupados com tantas programações que o tempo para o verdadeiro culto a Deus seja escasso, trazendo sérios prejuízos espirituais à vida dos crentes.
4. Tome a decisão radical de não convidar cantores famosos para "abrilhantar" os festejos da igreja (até porque estes em grande parte já não mais farão parte do calendário, pelo menos por um ano) e você descobrirá quantos talentos escondidos na própria igreja poderão ser aproveitados, sem custo algum, nos cultos regulares ou em outro evento extremamente indispensável. Além disso, se não houver demanda, os cantores (sem cair no terreno da generalização) deixarão de cobrar os elevados cachês e, quem sabe, aprendam a ver o que fazem como ministério e não como profissão.
5. Não deixe também de valorizar o cântico congregacional. Uma igreja que adora a Deus unida pode experimentar a vida comunitária com muito maior comunhão e proveito do que aquela em que os membros são meros assistentes de culto. Vêm e vão sem nenhum comprometimento com a vida comunitária.
6. De igual modo, pare de convidar pregadores renomados, os quais seguem a mesma linha dos cantores "profissionais" e chegam nas igrejas com os DVDs (ou CDs) da mensagem ainda a ser pregada já prontos para serem colocados à venda na porta da igreja por um preço bem módico. Quem sabe eles (sem cair também no terreno da generalização) da mesma forma aprendam e passem a servir e não buscar serem servidos.
7. Na ausência dos pregadores que não serão mais convidados, pare de "encher linguiça" durante os cultos, não mais ofereça "capim seco" às suas ovelhas, mas prepare-se para a cada culto ter sempre uma nova mensagem bíblica, cristocêntrica, sem apelar para os conhecidos e já surrados chavões, que alimente o povo e lhe aguce o desejo de voltar nos próximos cultos.
8. Pare de valorizar o formalismo da oração, que envaidece o coração farisaico, mas ensine a sua igreja o que significa orar e torne isso parte do metabolismo espiritual dos crentes de maneira que a oração, a conversa com Deus, profunda, livre e sincera, permeie tudo quanto a igreja faça.
9. Pare de promover eventos evangelísticos, mas faça com que a igreja encarne a paixão pelas almas e passe a empregar o velho (mas sempre novo) evangelismo pessoal como meio de alcançar os perdidos para Cristo. Uma boa maneira maneira é estimular a cada um para que se comprometa a orar, fazer amizade e convidar os seus parentes, amigos e vizinhos com regularidade para que assistam os cultos e ouçam a Palavra de Deus, Não é preciso ir longe. O campo está perto de cada crente. Saiba que 99% das pessoas que frequentam a igreja, hoje, foram trazidas por alguém e não por um "programa".
10. Valorize os cultos nos lares, de maneira sistemática, sem se preocupar com nomenclatura. A igreja primitiva se reunia no templo e nas casas e a maioria absoluta das igrejas existentes tiveram início em reuniões familiares.
11. Pare de fazer conchavos políticos e buscar os favores de candidatos para esta ou aquela atividade. O custo não vale a pena, compromete a voz profética e gera insatisfação entre os crentes. A melhor coisa que uma igreja faz é realizar as suas atividades com a própria receita. Quem quiser contribuir, que o faça em oculto, quando os diáconos passarem com as salvas ou quando os crentes forem chamados ao gazofilácio.
12. Resista a tentação de não cumprir as propostas acima. Sempre haverá os insatisfeitos que forçarão a barra. O risco é grande de você quebrar o compromisso, mas a perseverança é companheira dos que querem alcançar os seus objetivos. Portanto, siga em frente, olhando apenas para Jesus. Você não será decepcionado.
Conclusão
Posso afirmar com segurança, que, com essas decisões, entre tantas outras que podem ser tomadas, sua igreja, ao final de um ano, terá progredido muito mais em todos os sentidos do que se você insistir com esse sistema carcomido que muito aparenta, mas pouca eficácia tem para a igreja como corpo vivo de Cristo na terra.
Experimente e depois nos conte.
Fonte: http://geremiasdocouto.blogspot.com/
Parabêns pela postagem, quando Lutero proclamou a reforma e a instaurou o preço foi mais cruel, nós hoje precisamos de uma reforma, e ja alguns percussores estão surgindo, não se calando e lutando pelos seus posicionamentos.
ResponderExcluirwww.vivendoteologia.blogspot.com
Querido irmão Danilo Sergio,
ResponderExcluirA Paz do Senhor,
Você disse tudo: o preço é cruel, porém, alguns precisam pagá-lo para que outros desfrutem depois, a história está ai para mostrar essa realidade nua e crua.
Um grande abraço,
No Amor de Cristo,
Pastor Flavio Ferreira Constantino.
Olá! Pr.Flavio, Graça e Paz...
ResponderExcluirQuero parabénisa-lo, por esta postagem, eu também concordo plenamente com a visão do Pr. Geremias. Confesso, que por misericórdia do Senhor, dirijo uma pequena congregação, onde tenho buscado forças no Senhor, para não ceder aos apelos da membresia; que cobram insistentemente festividades, com cantores e pregadores, cultos de campanhas, usando todos tipos de heresias, conhecidas e praticadas como amuletos da fé, em quase todas as igrejas evangélicas, independente de tamanho de ministério. Mediante a esta triste realidade; creio, que verdadeiramente, as igrejas evangélicas, precisam urgentemente parar, para reavaliar o seu caminho; como diz o apostolo Paulo: Examinai-vos a vós mesmos se realmente estais na fé; provai-vos a vós mesmos. Ou não reconheceis que Jesus Cristo está em vós? Se não é que já estais reprovados. (2Co-13:5,6). A proposta do amado Pastor é maravilhosa, porem, ela não só se aplica, ou se faz, necessária às igrejas independentes ou autônomas; como o amado pastor se referiu, mas sim, a todas, inclusive, aos chamados grandes ministérios, estes sim, gastam fortunas incalculáveis, com pregadores e cantores famosos, reconhecidos internacionalmente, para promover os seus eventos; criando uma religiosidade pervertida, gerando uma fé em fábulas; "Pois haverá tempo em que não suportarão a sã doutrina. Pelo contrário, cercar-se-ão de mestres segundo as suas próprias cobiças, como que sentindo coceira nos ouvidos; e se recusarão a dar ouvidos à verdade, entregando-se às fábulas. (2Tm-4:3,4).
E isto, tem trago um prejuízo muito grande, para os pequenos ministérios; que por sua vez, cometem um erro ainda maior; gastam o que não tem, tentando de todas as maneiras, competir com as grandes, tentando atrair, para seus cultos e eventos, crentes e não crentes, promovendo espetáculos em vez de cultos, fazendo festa ao em vez de adoração; tentando comprar almas com entretenimento; ao em vez de ganhá-las para Cristo, semeando a sua Palavra, viva e eficaz. A questão dos pequenos ministérios eu creio, que é, de ordem financeira e doutrinaria, mas este mal tem raiz. Eles imitam os grandes, lembre-se, que todas são dissidentes, originarias de algum ministério maior. Seguindo a sua proposta, creio que o resultado será sempre positivo, claro, que de inicio, todas sentirão algum tipo de retrocesso, queda na freqüência dos cultos no templo, que certamente, terão que optar pelos cultos nos lares e visitação aos doentes, fracos e desgarrados. Que, esta é a verdadeira missão da igreja, déficit nas financias. Mas creio que tudo isso, é uma visão erronia de ministério; onde hoje, tudo é visto pelo co-eficiente de multiplicação “O fator quantidade diz tudo” e para alcançá-lo, paga-se qualquer preço.
Deus abençoe a sua vida sua família e seu ministério, em nome de Jesus...
Querido Pb Fabio Scofield,
ResponderExcluirA Paz do Senhor,
Muito obrigado pelo comentário do amado irmão que é sempre relevante.
O grande problema é exatamente esse que o irmão mencionou: o fator quantidade diz tudo. Que Deus tenha misericórdia de nós. Não que a quantidade não seja importante mais que ela esteja unida a qualidade.
Um grande abraço,
No Amor de Cristo,
Pastor Flavio Ferreira Constantino.
Pastor, amei esse artigo do Pr. Geremias. Quem dera se todas as igrejas aceitassem esse desafios. Com certeza a Igreja seria fortificada e a noiva "acordada". Que Deus o abençoe!
ResponderExcluir