sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010

A Crise do Ser


Exórdio:

William Shakespeare, em Hamelet, trouxe a lume um dos maiores conflitos humanos: «Ser ou não Ser?». Hoje, segundo análise do escritor e teólogo Francis Schaeffer, «o que é torna-se o referencial absoluto do que deveria ser». O que as pessoas dizem de você não é tão importante como quando você se deixa influenciar pelo que elas pensam de você. Aqui está o x da questão. Já dizia certo escritor: «Se não podemos ser fortes por dentro, devemos pelo menos tentar impressionar». Nesta linha de pensamento Maquiavel lança o seu torpedo: «O melhor é parecer que é do que ser realmente». Em contrapartida, a Bíblia vem e diz que as pessoas não devem fingir nem mentir; devem ser o que realmente são, mas sempre desejando crescer e melhorar. Grosso modo, a Palavra de Deus também afirma que ninguém deve pensar de nós além do que nós realmente somos, a fim de que não sejamos o que as pessoas acham que nós somos; querem que nós sejamos. Ou seja: ninguém deve subestimar ou superestimar uma pessoa.

I. O TEMOR DE NÃO SER

A. A TIRANIA DA LEI DO «NÃO TER CONSEGUIDO». Passamos a vida toda, na igreja, com medo de não ser, não ter conseguido, que, por fim, deixamos de ser porque não sabemos mais o que somos.

B. AS IMPOSIÇÕES DOS PADRÕES DE SANTIDADE A PARTIR DE BIOGRAFIAS SUPERESTIMADAS. Quando novo convertido eu gostava muito de ler os clássicos da biografia protestante: Moody, Finney, Savonarola, «o homem que orava», etc. Só que ficava deprimido após essas leituras, talvez porque os biógrafos não tivessem o cuidado de narrar as fragilidades do biografado. Ora, se a Bíblia faz questão de ressaltar o lado frágil de todos os seus heróis porque uma biografia contemporânea deveria ser diferente?

C. A OPRESSORA LEI DO «NÃO PODE». Ficamos tão amargurados e agoniados com o que «não podemos fazer» que nos esquecemos de fazer o que podemos. Submetemo-nos a inúmeros preceitos, princípios e valores que achamos direito porque lá no fundo pensamos que por isso seremos salvos. O triste disso tudo é descobrir que todo este esforço, se não é feito com bases na Graça de Deus, é obra da carne, ou seja, esforço inútil. Com isso não quero dizer que você não deva se esforçar para fazer o melhor para Deus. Contudo, que tudo seja feito a partir da idéia de que Jesus Cristo é o sacrifício que nos livra do sacrifício.

II. A LUTA ENTRE A LEI E A GRAÇA NO CORAÇÃO DO HOMEM

A. NÃO VIVEMOS MAIS DEBAIXO DA LEI. Precisamos entender que não estamos vivendo sob a Lei, mas debaixo da Graça. Não é que a Lei seja má. Só que, sob a lei, o homem se torna um esquizofrênico: faz o que não quer e quer o que não pode fazer.

B. PENSANDO SEGUNDO A LEI, MAS FAZENDO O CONTRÁRIO DO QUE PENSA. A lei não tem nenhuma força libertadora: o homem quer algo segundo a lei e faz justamente o que não quer.

C. O DILEMA DO HOMEM NÃO JUSTIFICADO PELA FÉ EM CRISTO. O que Paulo está nos mostrando em Romanos 7.14-25 é o homem não justificado pela fé em Cristo Jesus e que, por isso, passa os dias da sua vida em conflito resultante de querer ser salvo por seus próprios méritos.

III. VITÓRIA SOBRE O «CORPO DA MORTE»

A expressão «corpo da morte», na teologia paulina, refere-se à natureza pecaminosa.

A. O PECADO COMO «SENHOR DO HOMEM» (Rm 6.14,16,17). O mundo jaz no maligno e por essa razão o homem natural, não regenerado, é arrastado pela força do pecado a quem presta obediência. Para o indivíduo não regenerado o pecado atua como senhor, determinando todo tipo de práticas diabólicas e imorais. O ser humano precisa recorrer a Cristo para ter forças para vencer seus pecados visíveis e secretos. O domínio do pecado, o antigo senhor do homem natural, é quebrado quando morre o servo.

B. O SALÁRIO DO PECADO (Rm 6.23). Quando o homem erra o alvo ele entrega sua mente, coração e corpo como instrumentos de iniqüidade e passa a trabalhar para o reino das trevas, e satanás lhe dá a sua paga – morte e destruição. E a morte física e espiritual gerará a morte eterna. Pois quem semeia vento colhe tempestade. O pecado é como um bombom coberto de açúcar, por fora é muito fino, mas no interior é extremamente amargo. Os prazeres passam e o preço pago por esses prazeres é alto demais. Não esqueçamos o que diz Provérbios 6.27,28: «Tomará alguém fogo no seu seio, sem que seus vestidos se queimem? Ou andará alguém sobre as brasas, sem que se queimem os seus pés?»

C. A VITÓRIA SOBRE O PECADO (Rm 8.1-3). O segredo para o crente ter vitória sobre o pecado é viver e andar no Espírito. Apesar de ser uma criatura caída, o homem não perdeu sua personalidade e continua possuindo intelecto, emoções e vontade. Mas sem a intervenção divina o homem se torna débil contra as influências de satanás. O caminho para a vitória do pecador é render-se a Cristo e assim ser liberto do poder, da poluição e penalidade do pecado.

CONCLUSÃO:

Diante do exposto, só há uma coisa a fazer – e muito rápido: pedir ao Espírito Santo que derrame Graça em nossa vida para podermos alcançar vida triunfante. Melhor dizendo: vida equilibrada e coerente com os princípios bíblicos e eternos.

4 comentários:

  1. PASTOR IMPORTANTE, MANDA DE BLOG, A CADA DIA TENHO A HONRA DE COMPACTUAR COM UMA NOVIDADE
    DE FLAVIO FERREIRA CONSTANTINO.
    PALAVRAS COMO SEMPRE NÃO LHE FALTAM.
    AH!!! E NADA MODESTO NO SEU PERFIL.

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  2. Olá minha irmã, fico feliz em saber da sua visita aqui no Blog. Deus te abençoe.

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  3. PASTOR,VC ESTÁ MUITO MODERNO.
    ADOREI O BLOG.
    QUE O ESPIRITO DE DEUS DERRAME GRAÇAS EM NOSSAS
    VIDAS,FICA NA PAZ.

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  4. Aline.

    Apesar da distância que existe entre nós e estar distante da igreja, me sinto mais honrada eu poder usufluir das leituras no Blog e me sentir bem melhor após algumas leituras. Muito obrigado por aliviar nossos corações através da palavra do Senhor!!!!

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