Ele usa a afirmação de um professor de Harvard para tecer seus comentários sobre o tema tão polêmico e atual
A religião pode ou não interferir na política? Essa questão é muito
discutida, não só no Brasil como no mundo todo dividindo opiniões. Por
um lado muitos acreditam que não há motivos para que a fé interfira no
andamento político, mas há que consiga provar o contrário.
Em seu site, o Verdade Gospel, o pastor Silas Malafaia
comenta o que pensa a esse respeito, mas antes cita uma entrevista
concedida pelo o professor de filosofia da Universidade de Harvard,
Michael Sandel, para a revista Época onde ele afirma que as convicções
religiosas precisam fazer parte do debate político.
O americano teria afirmado que não se pode separar os dois temas,
pois o debate político precisa de princípios e moral mesmo que sejam
originados na fé. Ele mostra dois motivos para a política se abrir para a
religião:
“O primeiro: é verdade que a religião pode trazer para a política
intolerância e dogmatismo, mas também é verdade que não apenas as
convicções religiosas trazem esses males. Algumas ideologias seculares
também geram problemas do mesmo tipo. O que devemos isolar da política,
então, é a intolerância e o dogmatismo, seja qual for sua fonte, para
que possamos nos respeitar e debater, cultivando uma ética de respeito
democrático”.
O segundo motivo de Sandel está ligado diretamente ao valor moral.
“Meu segundo motivo para não insistir nessa separação completa entre
política e religião é que a política diz respeito às grandes questões e
aos valores fundamentais. Então, a política precisa estar aberta às
convicções morais dos cidadãos, não importa a origem. Alguns cidadãos
extraem convicções morais de sua fé, enquanto outros são inspirados por
fontes não religiosas”.
Malafaia não só concorda com o professor da melhor universidade do
mundo, segundo o Institute of Higher Education Shanghai Jiao Tong
University, como apresenta cinco razões para que a política e a religião
andem juntas.
Veja:
1) Jesus declarou: “Dai a César o que é de
César, dai a Deus o que é de Deus”. César representa o poder político e
Jesus não o chamou de diabo, como muitos cristãos fazem. Simplesmente
mostrou nosso compromisso com a cidadania humana e celestial.
2) O apóstolo Paulo diz em Romanos 13.7: “… a
quem tributo, tributo; a quem imposto, imposto…” Ele está reafirmando o
compromisso da cidadania. Ser cidadão indica ter direitos e deveres,
entre os quais: votar e ser votado.
3) A igreja de Jesus, como corpo místico de
Cristo, não precisa de político nenhum. Só depende do Espírito Santo
para que ela possa realizar a obra de Deus aqui na Terra. Mas as pessoas
que pertencem à igreja, são seres humanos, inseridos no contexto
social, a fim de influenciar em todas as áreas da nossa sociedade. Paulo
diz: “Não vos conformeis com este mundo, mas transformai-vos pela
renovação do vosso entendimento…”. Se nos omitirmos, os filhos das
trevas vão influenciar e determinar sobre a vida social. E como
consequência, seremos atingidos!
4) Existe um jogo pesado e creio que satanás
está por trás disto. Todos podem influenciar na política: metalúrgicos,
médicos, filósofos, sociólogos etc. Todo tipo de ideologia, inclusive a
ideologia humanista/materialista, que nega a existência de Deus, pode
influenciar na política. Mas o estilo de vida cristã, não! Isto é um
absurdo! O povo de Deus não pode cair neste jogo. As nações mais
poderosas e democráticas do mundo foram influenciadas, em todas as suas
instâncias, pelo cristianismo.
5) Eu não fui levantado para ser político, mas,
sim, para influenciar em todos os campos da vida. Qualquer pastor tem
autoridade bíblica para orientar as ovelhas de Jesus em todas as áreas,
porque Deus trata o homem como um ser biológico, psicológico,
sociológico e espiritual. O que não concordamos é com nenhum tipo de
extremismo religioso que queira cercear a liberdade das outras pessoas,
mesmo contrárias aos nossos princípios.
Fonte: http://noticias.gospelprime.com.br/silas-malafaia-comenta-a-ligacao-entre-religiao-e-politica/
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